A astrologia explica o caos dessa última semana (e das próximas)?
Infelizmente, em situações tão difíceis, a gente tenta procurar explicação nos astros. Talvez tenhamos catalisadores.
Há um tempinho, lá na semana do dia 30 de maio, falamos da Lua Nova que ocorreu nesse dia (essa semana tem outra, aliás, em Câncer). E tem algumas coisas nessa lunação e no eclipse que veio antes que podem ajudar a complementar astralmente tudo que vimos nesses últimos dias.
Ali no dia 30, a Lua Nova trouxe um potencial explosivo: junto ao Sol e à Lua estava também um dos astros que chamamos de estrelas fixas; nesse caso, a estrela Aldebaran, uma significadora de muita força e certa agressividade. Ainda ali, Mercúrio, nosso significador da comunicação, estava retrógrado e fazia um aspecto difícil com Saturno, o impositor de desafios: já dizia que os discursos poderiam vir inflamados, e que discursos com intenção de machucar poderiam efetivamente sair de proporção e gerar violência, reações, e efeitos em cascata.
Pouco antes dessa Lua Nova, tivemos um Eclipse Lunar em Escorpião, no dia 16, que muita gente fez rituais de benesses e aberturas, mas que estava conjunto a outra estrela fixa, essa bem maléfica, chamada Algol. Com Escorpião representando as intenções escusas e sombrias, Algol entrava com um megafone.
Para o Brasil, essa última Lua Nova aconteceu na casa 12 do mapa da hora que ela acontecia. A casa 12 é a casa onde as coisas se escondem. Um Mercúrio retrógrado mal aspectado ali poderia gerar dor e aflorar traumas (Saturno).
Na última semana, especificamente, os aspectos entre os planetas até estavam relativamente harmônicos, mas dentro de todo esse contexto acima, vale reparar alguns posicionamentos específicos: alguns planetas em Gêmeos (Mercúrio, Lua e Vênus) e outros em Aries (Marte e Júpiter): Gêmeos bota pra fora, Aries turbina e o sussurro vira grito. Nada do que aconteceu essa semana é novo. Quase tudo foi um escancaramento do que é rotineiro (abuso, violência e controle do corpo feminino). O que tivemos foi uma sequência de megafones em cima disso. O julgamento do Johnny Depp e da Amber também aconteceu dentro dessa lunação.
Isso "explica" ou justifica as coisas? Não. Talvez catalise ou, definitivamente, espelhe. O que está aqui está lá e o que a gente vê lá está aqui. A explicação mesmo está aqui, nos nossos próprios símbolos. A infelicidade do nosso presidente é, dentre tantas coisas ruins, um símbolo. Que gera identificação e coragem numa parte doente da sociedade.
Mas, se repararem, a reação (Áries) também foi e está sendo imediata e ocupando muitas vozes (Gêmeos). Para que o retrocesso seja evitado e a crueldade do presente sejam mudadas, isso precisa ser visto. Coisas ocultas (casa 12) entram na luz da lupa e podem sofrer reação violenta. E, como sempre digo, ainda mais na internet, palavra dita não tem volta; ela gera prints, e revolta. Revoltas fazem revoluções. Talvez esse seja um caminho tímido de talvez ter alguma esperança.
Para essa semana, teremos uma nova lunação, dessa vez em Câncer, no dia 28. Pro Brasil, as perspectivas são mais complicadas do que fáceis (mas podem vir com bons prospectos). O nosso representante (bolsy horrível) entra em briga direta com o ascendente do mapa, representando o país. O país e o presidente seguem em briga, a próxima pesquisa pode ser ainda pior pra ele. Podemos ter números preocupantes relacionados a pessoas sendo despejadas, e talvez até a coisas relacionadas ao meio ambiente que podem impactar o presidente; talvez mais olhares na Amazônia, talvez outras tensões, e bem possivelmente outro impacto na economia. Mas dois aspectos bons fazem a gente olhar para um futuro, de que essas tensão são necessárias, iguais às dessa última semana.
Para nossa vida pessoal, é uma lunação sobre colher aprendizados. Principalmente aprendizados que tivemos quando escolhemos seguir o nosso coração e correr riscos. Pra quem estiver num possível momento de transição, esse é um período ainda mais forte. É bom olhar pro aprendizado, porque senão podemos correr o risco de olhar pros traumas. A energia de Câncer, de olhar pro passado, se junta a um aspecto saturnino que quer tirar de lá alguma coisa que preste. No mais, uma energia de língua afiada, especialmente pra ter razão e fazer aquele comentário pontual, necessário, e certeiro.
