Pesquisa do IBGE aponta combinação perigosa entre adolescentes: Mais álcool, mais drogas e menos camisinha
Estamos de olho!
Aumentou o consumo de álcool entre adolescentes, e cada vez mais cedo. Eles também estão usando mais drogas, e caiu o uso de camisinha nas relações sexuais. São dados de uma pesquisa sobre a saúde dos adolescentes e suas tendências, divulgada na quarta-feira (13) pelo IBGE.
Esses hábitos perigosos, que expõem adolescentes a DSTs e vícios, foram registrados ao longo de uma década de análises (2009 a 2019).
Fotos de capa: Thom Lang / Getty Images e Alberto Tudor / 500px/ Getty Images
O estudo mostra que a experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. Esse aumento foi mais intenso entre as meninas: de 55% para 67,4% no período. Para os meninos, o indicador foi de 50,4% para 58,8%.
Já a experimentação ou exposição ao uso de drogas subiu de 8,2% (2009) para 12,1% (2019).
De acordo com a pesquisa, cada vez mais adolescentes estão tendo relações sexuais antes dos 14 anos. Entre 2009 e 2019, o percentual de estudantes que já tiveram relações sexuais passou de 27,9% para 28,5%.
No entanto, para os meninos, a proporção caiu de 40,2% para 34,6% no período, enquanto para as meninas, a proporção aumentou de 16,9% para 22,6%.
Nesse contexto, a pesquisa revelou que houve queda no uso de preservativo. O percentual de adolescentes que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, a queda foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.
O dado é extremamente preocupante e mostra como essa geração, que não viveu o ápice da epidemia de HIV, por exemplo, subestima os riscos das DSTs, embora haja cada vez mais informação disponível.
A boa notícia é que a proporção de estudantes que consumiram cigarros, ao menos em um ou dois dias nos 30 dias antes da pesquisa, caiu de 16,8% em 2009 para 13,1% em 2019.
Veja também

O que leva as pessoas a arrancarem os próprios olhos
No mês passado, a americana Kaylee Muthart, 20, ganhou as manchetes após arrancar os próprios olhos enquanto estava sob efeito da metanfetamina. Embora seja chocante, não é a primeira vez que isso acontece. Conversamos com um especialista para saber o que leva uma pessoa à automutilação ocular.

Manifestante teve olho perfurado em ato anti-Temer e passou por cirurgia
Hospital reportou que paciente teve lesão que perfurou olho esquerdo, e ela afirma que perdeu a visão. Governo Alckmin diz que procura a estudante para "dar início às devidas investigações, uma vez que ela não registrou o boletim de ocorrência".