Estamos falando de saúde mental em Tóquio porque duas atletas foram corajosas

Simone Biles e Naomi Osaka mostraram ao mundo que competir, mesmo quando se é atleta, não é tudo.

Atletas de alta performance ainda são seres humanos, e não máquinas. E é isso que temos visto na Olimpíada de Tóquio: esportistas corajosas, como Simone Biles e Naomi Osaka, resolveram priorizar sua saúde mental e tornaram pública essa decisão.

Laurence Griffiths/David Ramos/Getty Images

Nesta quinta (28), foi anunciado que Biles, a maior ginasta da atualidade, decidiu não participar das finais do individual geral.

Publicidade

Depois de um desempenho considerado fraco nos Jogos Olímpicos, a atleta resolveu impor um limite na competição e cuidar de sua saúde mental, como informou uma nota da Federação Americana de Ginástica.

Jean Catuffe/Getty Images

Publicidade

Recentemente, ela falou que sentia como se estivesse carregando o peso do mundo em suas costas. “Preciso me concentrar no meu bem-estar, há vida além da ginástica", disse.

Em 2018, ela relatou ter sido sexualmente abusada por Larry Nassar, 54, ex-médico da Federação Americana de Ginástica, condenado a 360 anos de prisão por molestar mais de 120 ginastas.

Scott Olson/Getty Images

Publicidade

Naquele ano, Biles disse algo que faz muito sentido com o que tem vivido atualmente: “Parte meu coração ainda mais saber que, no sonho de competir em Tóquio-2020, terei de retornar continuamente ao mesmo local de treino onde fui abusada". 

Mesmo jogando em casa, a tenista japonesa Naomi Osaka, então considerada a melhor do mundo, sofreu uma derrota inesperada na disputa com a tcheca Marketa Vondrousova. "Eu definitivamente sinto que houve muita pressão", justificou.

Clive Brunskill/Getty Images

Publicidade

Talentosa e engajada, Naomi já havia falado sobre sua vulnerabilidade emocional antes mesmo da Olimpíada. Ela disse ter sofrido longos períodos de depressão desde sua vitória no Grand Slam, em 2018.

Publicidade

Tanto Naomi Osaka quanto Simone Biles continuam sendo ótimas competidoras. Elas foram corajosas o suficiente para estabelecer limites em suas profissões e, muito provavelmente, estão abrindo uma porta importante para atletas do presente e do futuro. Sem dúvidas.

Tim Clayton - Corbis/Getty Images

Publicidade

Veja também