Estamos de saco cheio de uniformes hipersexualizadores no esporte

Qual a razão de se obrigar o uso de biquínis em competições?

BuzzShe

Pernas e virilha à mostra, biquini e maiô cavado. Não dá mais pra tolerar uniformes femininos obrigatórios em eventos esportivos que servem apenas para hipersexualição das mulheres. E, nesta semana, tivemos dois acontecimentos muito importantes para forçar o fim dessas regras.

Reprodução/redes sociais

Na quarta (21), jogadoras da seleção de handebol da Noruega protestaram contra a obrigatoriedade de usar biquini para jogar o Campeonato Europeu de Handebol de Praia.

EHF / BBC News Brasil

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Elas vestiram shorts durante a competição e foram multadas em 1.500 euros (mais ou menos R$ 9.200). 

Reprodução

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No dia seguinte, dessa vez em Tóquio, durante o treino de pódio para os Jogos Olímpicos, as ginastas da Alemanha apareceram com um uniforme diferente. Em vez dos tradicionais maiôs cavados, elas usaram uma espécie de macacão.

Não foi à toa. Foi um posicionamento. Um protesto. "Nós, ginastas da seleção alemã, nos reservamos o direito de decidir, dependendo da situação, como nos sentimos mais confortáveis", publicou Sarah Voss em seu Instagram.

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O regulamento da Federação Internacional de Ginástica (FIG) permite que, além do maiô, essa espécie de macacão seja utilizado – o objetivo é contemplar ginastas religiosas que não possam usar os trajes mais cavados.

No Instagram, a ginasta alemã pontuou que dar esse exemplo foi importante e falou sobre "encorajar outras mulheres e especialmente as atletas mais jovens a usar o que quer que as deixem mais confortáveis".

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Esse grande passo tomado pela equipe norueguesa e pela equipe alemã terá um reflexo gigante nos próximos eventos esportivos. E isso é muito importante para a luta das mulheres e pela não objetificação dos nossos corpos. Avante, garotas!

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