O que já se sabe sobre a nova variante de Covid detectada na África do Sul

Cepa foi batizada de Ômicron pela OMS.

PhonlamaiPhoto/Getty Images

A variante do coronavírus detectada na África do Sul vinha sendo chamada de B.1.1529, até que, nesta sexta-feira (26) foi batizada de Ômicron pela OMS. A principal preocupação causada pela nova cepa se refere ao grande número de mutações que ela carrega.


B.1.1529 "deu grande salto na evolução", diz pesquisador.

Reprodução/Youtube

A B.1.1529 é "claramente muito diferente" das outras versões já identificadas do vírus, segundo o professor de bioinformática Túlio de Oliveira, brasileiro que dirige instituições de sequenciamento de genes em duas universidades sul-africanas, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira. "Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução (e traz) muitas mais mutações do que esperávamos", disse.

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A variante da África do Sul é mais perigosa que as anteriores?

Ainda não há informações sobre o quão transmissível ou perigosa é a variante sul-africana, isso porque ela ainda está restrita a uma província do país.

As vacinas funcionam contra a nova variante?

Ainda não se sabe. A variedade das mutações preocupa principalmente pelo fato de ainda não ser possível afirmar que as vacinas desenvolvidas contra a cepa original da covid vão funcionar tão bem contra a B.1.1529.

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"Não vimos níveis de transmissão como esse desde o início da pandemia", diz médica.

A médica-chefe da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, Susan Hopkins, afirmou em entrevista à Rádio BBC que a variante preocupa pela possível alta taxa de transmissão. "Não vimos níveis de transmissão como esse desde o início da pandemia por causa de todas as medidas que tomamos. Seria um grande problema ter essa transmissão alta com esse tipo de vírus e com a possibilidade de ele poder escapar das respostas imunológicas que já existem", afirmou.

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Quantas pessoas já foram contaminadas pela cepa da África do Sul?

Até agora, foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; quatro casos em Botsuana; e um em Hong Kong, diretamente relacionado a uma viagem à África do Sul.

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