O policial que disse que o assassino de mulheres asiáticas estava tendo "um dia ruim" já havia feito posts culpando a China pela pandemia

O Capitão Jay Baker compartilhou uma foto no Facebook de uma camiseta que comprou, escrita que o coronavírus foi importado da "CHY-NA".

O oficial da Georgia, nos Estados Unidos, que disse que o homem acusado de matar seis mulheres asiáticas e outras duas vítimas em um tiroteio em spas estava tendo "um dia ruim", já tinha postado uma foto de camisetas racistas em redes sociais.

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Em um post no Facebook de abril de 2020, o Capitão Jay Baker compartilhou uma foto de camisetas com elementos da cerveja Corona, e escritas "Covid 19 VÍRUS IMPORTADO DA CHY-NA."

"Amei minha camiseta," ele escreveu. "Compre a sua enquanto tem estoque."

Facebook

Baker não respondeu imediatamente quando procurado para comentar sobre o caso, mas depois do BuzzFeed News US perguntar sobre a camiseta, a publicação do Facebook ficou indisponível.

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Na conferência de imprensa sobre o ataque, a polícia disse que era muito cedo para afirmar se o suspeito tinha sido motivado por raça, mas adicionou que o suspeito falou aos oficiais que tinha problemas com vício em sexo e que procurou os estabelecimentos para "eliminar a tentação."

Como diretor de comunicação e relações comunitárias no distrito policial, Baker estava entre os oficiais que anunciaram as atualizações sobre a investigação.

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Seu comentário e as decisões dos oficiais de focarem na narrativa do suspeito entre o aumento de ataques contra asiático-americanos foram muito criticadas.

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Um relatório publicado pela organização Stop AAPI Hate (Pare o Ódio contra Asiático-Americanos e Ilhéus do Pacífico, em tradução livre) divulgou que foram reportados 3.800 casos de crime de ódio contra asiático-americanos no último ano, parte por conta do racismo motivado pela COVID-19. Durante a pandemia, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump repetidamente chamou a doença de "Vírus Chinês". Nos incidentes documentados pelo grupo, 68% envolviam assédio verbal, e 11% envolviam assédio físico. O relatório também mostrou que mulheres reportaram mais do que o dobro de ataques do que os homens.

Esse post foi traduzido do inglês.

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