Bolsolão do MEC: Ex-ministro Milton Ribeiro e pastor bolsonarista são presos pela PF

Operação "Acesso Pago" investiga a prática de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação.

Você lembra do "Bolsolão do MEC"?

Aquele esquema em que o Governo Federal prioriza o envio de verbas a prefeituras cujos pedidos de liberação de dinheiro foram negociados por pastores próximos ao presidente Jair Bolsonaro (PL)...

Pois bem, nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e o pastor Gilmar Santos em uma operação que mira as negociatas existentes no Ministério da Educação e na liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Reprodução/Instagram

Ribeiro deixou o cargo no fim de março, na esteira da revelação do esquema.

Na foto, ele aparece junto dos pastores Arilton Moura (ao fundo) e Gilmar Santos, em culto em Goiânia (GO).

Eles são investigados pela prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos.

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Em março, durante uma live, Bolsonaro disse ser capaz de botar a "cara no fogo" por Milton Ribeiro.

"O Milton, coisa rara eu falar aqui, eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton", disse.

A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ribeiro, Gilmar e ao pastor Arilton Moura —esses dois últimos são ligados ao presidente Bolsonaro.

Divulgação/PF

Nesta manhã, a corporação esteve também na sede do MEC. Em nota, a pasta afirmou que colabora com as investigações. "O MEC ressalta que o Governo Federal não compactua com qualquer ato irregular e continuará a colaborar com as investigações".

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Ao todo, a PF cumpre, nesta manhã, 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões nos Estados de Goiás, São Paulo e Pará, além do Distrito Federal.

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De acordo com a PF, as investigações identificaram "possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas".

Carolina Antunes/PR

Na foto, os pastores (nas duas extremidades) durante cerimônia ao lado do presidente Bolsonaro e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

A ação desta quarta-feira foi batizada de "Acesso Pago".

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