Entenda a decisão do TSE sobre combate às fake news na eleição

Resolução que busca agilizar o combate a notícias falsas foi aprovada a 10 dias dos 2º turno.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na quinta-feira (20) uma resolução que visa dar mais agilidade ao processo de retirada do ar informações faltas - as fake news - no período eleitoral.

Antonio Augusto/Secom/TSE

A medida foi aprovada a 10 dias do 2º turno das eleições e em meio a uma enxurrada de notícias falsas distribuída por campanhas políticas e seus apoiadores.

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Ontem, por exemplo, o jogador Neymar, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), compartilhou uma fake news nos stories e teve a publicação marcada como "falsa" pelo Instagram.

Reprodução/Instagram

Antes da decisão, para uma fake news ser tirada do ar, o partido político precisava apresentar uma ação ao TSE pedindo a retirada do conteúdo. No entanto, se a mesma mentira fosse reproduzida por outros perfis, novas ações precisam ser apresentadas, por se tratar de links diferentes.

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Agora, conteúdos irregulares replicados em links diferentes dos apontados na decisão inicial poderão ser retirados do ar sem a necessidade de haver uma nova ação, apenas com a extensão da decisão por parte da presidência do TSE.

José Cruz/Arquivo Agência Brasil

A resolução prevê pena de multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora de descumprimento, a contar do término da segunda hora após o recebimento da notificação.

“Verificando que aquele conteúdo foi repetido, não haverá necessidade de uma nova representação ou decisão judicial, haverá extensão e imediata retirada dessas notícias fraudulentas”, disse o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ao explicar que a medida visa reduzir o tempo que informações inverídicas permanecerão no ar.

 Antonio Augusto/Secom/TSE

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Além disso, o TSE também poderá suspender sites, perfis e canais que publiquem fake news de forma reiterada.

Reprodução/Internet

Diz o Art. 4º: "A produção sistemática de desinformação, caracterizada pela publicação contumaz de informações falsas ou descontextualizadas sobre o processo eleitoral, autoriza a determinação de suspensão temporária de perfis, contas ou canais mantidos em mídias sociais".

Por fim, outra decisão tomada ontem pelo tribunal é a proibição de pagamento de qualquer tipo de publicidade nas 48 horas antes das eleições e nas 24 horas posteriores à votação.

Reprodução/Internet

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A decisão dos ministros do TSE veio na mesma semana em que a corte determinou que a rádio Jovem Pan deve conceder três direitos de resposta ao ex-presidente Lula (PT). Além disso, o tribunal também determinou que o grupo se "abstenha" de promover novas inserções e manifestações que digam que o petista mente sobre ter sido inocentado.

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