Alavancados pela CPI da Covid, ao menos 10 senadores devem concorrer a cargos no Executivo nas próximas eleições

Tem pré-candidato aos governos estaduais, Planalto e Jaburu.

A menos de seis meses para as eleições deste ano, a CPI da Covid já mostra que terá impacto no pleito. Isso porque, entre senadores titulares, suplentes e assíduos da comissão, ao menos 10 devem ser candidatos a governador (8) , presidente (1) e vice-presidente (1).

Pedro França/Agência Senado

Alguns deles já tinham uma atuação no cenário nacional bastante relevante. Outros, aproveitam da visibilidade recebida a partir da comissão e do apoio deo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Instaurada em março de 2021, a CPI da Covid tinha o objetivo de apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas, além de possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações.

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Após mais de seis meses em atividade, a comissão elaborou um relatório de 1.180 páginas em que pede o indiciamento de 80 pessoas, incluindo o presidente da República, Jair Bolsonaro. Além disso, o documento sugere também a aprovação de mudanças na legislação e na Constituição Federal.

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Dos 11 titulares da CPI da Covid, quatro são pré-candidatos. Entre os sete suplentes, ao menos dois devem disputar as eleições de outubro. Entre os participantes assíduos, quatro devem ser candidatos. Listamos os nomes abaixo:

Simone Tebet (MDB-MS).

Da lista, Simone Tebet é a senadora que alçou voos mais altos. Em dezembro de 2021, ela foi lançada candidata à Presidência pelo MDB.

Tebet não era oficialmente integrante da CPI da Covid, mas uma das participantes mais assíduas da comissão.

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Eliziane Gama (Cidadania-MA).

A senadora maranhense vem sendo apontada como provável vice do tucano presidenciável João Doria. Na semana passada, os dois chegaram a se reunir em Brasília.

Eliziane não era oficialmente integrante da CPI da Covid, mas uma das participantes mais assíduas da comissão.

Eduardo Braga (MDB-AM).

O senador é pré-candidato ao governo do Amazonas, um dos Estados mais afetados pela pandemia da covid-19.

Braga era titular da CPI da Covid.

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Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Defensor do tratamento precoce e sem eficácia contra a covid-19, o senador faz parte da base governistas, e é pré-candidato ao governo gaúcho.

Heinze era titular da CPI da Covid.

Marcos Rogério (PL-RO).

O senador, que também faz parte da base bolsonarista no Congresso, deixou recentemente o DEM e filiou-se ao PL, partido de Bolsonaro, para disputar o governo de Rondônia.

Rogério era titular da CPI da Covid.

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Jorginho Mello (PL-SC).

O senador, também do PL, é pré-candidato ao governo catarinense. No último final de semana, em evento no Estado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se referiu ao senador como "nosso pré-candidato ao governo".

Mello era titular da CPI da Covid.

Alessandro Vieira (PSDB-SE).

Em agosto de 2021, quando ainda era filiado ao Cidadania, o senador anunciou sua pré-candidatura ao Planalto. Meses depois, seus intenções mudaram. Ele mudou de partido, foi para o PSDB e agora é pré-candidato ao governo de Sergipe.

Vieira era suplente na CPI da Covid.

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Rogério Carvalho (PT-SE).

Outro que é pré-candidato ao governo sergipano é o senador Rogério Carvalho, que era suplente na CPI da Covid.

Fabiano Contarato (PT-ES).

Três meses após trocar o partido Rede Sustentabilidade pelo PT, o senador anunciou sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo.

Contarato não era integrante da CPI da Covid, mas um dos participantes mais assíduos da comissão.

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Leila Barros (PDT-DF).

Em março passado, Leila do Vôlei, como é conhecida a senadora, deixou o Cidadania e filiou-se ao PDT para concorrer ao governo do Distrito Federal.

Leila não era integrante da CPI da Covid, mas uma das participantes mais assíduas da comissão.

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