Qual o significado da braçadeira "One Love", proibida pela Fifa na Copa do Mundo do Catar?
Ela não está diretamente ligada à comunidade LGBT, como muita gente pensa.
Antes mesmo do início da Copa do Mundo do Catar, a braçadeira com a frase "One Love" virou assunto, já que teve seu uso durante o campeonato proibido pela Fifa.
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Apesar de ser associada à causa LGBTQIAP+ e ser chamada também de braçadeira das cores do arco-íris, o adereço, na verdade, faz parte de uma campanha "para promover a inclusão e enviar uma mensagem contra qualquer tipo de discriminação" no futebol.
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A braçadeira tem como símbolo um coração pintado em listras de seis cores (vermelho, preto, verde, rosa, amarelo e azul) e o número 1 ao centro.
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É colorida, mas não possui as mesmas cores da bandeira LGBTQIAP+ (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e lilás).
No caso da "One Love", a mistura de cores simboliza diferentes raças e origens (vermelho, preto e verde), identidades de gênero e orientações sexuais (rosa, amarelo e azul).
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As leis anti-LGBTQIAP+ do Catar, onde homossexuais podem ser punidos até mesmo com pena de morte, contribuíram para que a braçadeira "One Love" fosse associada a um protesto em defesa dos direitos da comunidade LGBT.
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A iniciativa do uso da "One Love" foi lançada pela Holanda, em 2020, após um episódio de racismo contra o jogador Ahmad Mendes Moreira, durante uma partida entre o FC Den Bosch x Excelsior, no ano anterior.
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Desde novembro de 2020, a braçadeira vem sendo usada em algumas partidas da seleção holandesa, que em setembro de 2022 recebeu o apoio de outros nove países: Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, França, Noruega, País de Gales, Suécia e Suíça.
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Na Copa do Mundo do Catar, o uso da braçadeira foi fortemente proibido pela Fifa, que possui regras rígidas sobre manifestações políticas nos uniformes dos times.
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De acordo com a regra 4.3 do regulamento de equipamentos da Fifa, "nenhum item pode ser usado em qualquer área controlada se a Fifa considerar que é perigoso, ofensivo ou indecente, incluindo política, religião, ou slogans pessoais, declarações ou imagens, ou se de outra forma não cumprir integralmente as leis do jogo."
Se dentro de campo o uso do símbolo pelos capitães das seleções tem sido proibido pela Fifa, nas arquibancadas, torcedores e autoridades têm dado seus jeitinhos para protestar em defesa da inclusão e contra a discriminação.
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