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Nijwam Swargiary / Unsplash
Não que já tenha sido fácil, mas ultimamente ser brasileiro tem sido uma tarefa hercúlea.
A impressão que fica é que não temos um dia de descanso sem que notícias apocalípticas cheguem no nosso cangote tupiniquim. E faz sentido, porque não temos mesmo.
Separamos aqui matérias que foram surgindo ao longo da semana - e não nos deram nem 24 horas de paz. Se liga:
Segunda-feira (28/06): A morte de Lázaro.
Lázaro foi capturado. A notícia, que poderia trazer calma (seja pela tranquilidade dada aos moradores de Águas Lindas e região, ou simplesmente por marcar o fim dessa sandice hollywoodiana que a busca se tornou) acabou mal.
Foram feitos 125 disparos contra Lázaro, que morreu com 38 acertos. E, rapidamente, vídeos começaram a circular com policiais arremessando o corpo do suspeito, que - segundo a própria polícia - ainda estaria vivo.
Não só, Lázaro foi encontrado com 4 mil reais em dinheiro, aumentando teorias sobre o envolvimento dele com fazendeiros locais. E sua morte dificulta a resolução total do crime, e a condenação de quem o contratou, se esse for o caso. As imagens, que são bem gráficas, circularam pelo dia todo.
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Terça-feira (29/06): Propina nas vacinas.
Para quem estava com saudade do clima tenso que os paredões traziam pras nossas noites de terça, o dia encerrou com uma notícia tão importante quanto revoltante: o governo Bolsonaro foi acusado de cobrar U$1 de propina para cada dose de Astrazeneca.
A notícia reverberou não só na noite do dia 29, como também pelo restante da semana. O caso está sendo aprofundado, com envolvidos depondo na CPI. O que, por si só, rendeu notícias que falo daqui a pouco.
Quarta-feira (30/06): Aprovam aumento na conta de luz.
Com a ameaça de um colapso no nosso sistema de distribuição de energia, o brasileiro descobriu no meio da semana que a conta pode ficar mais cara bem em breve.
Mesmo com a crise econômica, e os inúmeros problemas vindos em decorrência da pandemia, a Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou que já em julho as contas sofrerão acréscimo.
A bandeira vermelha dois é uma taxa extra, acionada conforme a gravidade da crise hídrica. O preço dela subiu de R$ 6,24 para R$ 9,49, a cada 100 quilowatts/hora. 52% de alta!
A taxa extra deve ficar até novembro em vigor - e provocará em torno de 5% de aumento nas contas.
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Quinta-feira (1/07): Cavalo de Troia da CPI
O primeiro dia do segundo semestre começou em caos na CPI da Covid, pra variar.
Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply que afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina ao jornal Folha de S.Paulo, foi à CPI prestar esclarecimentos, e a coisa rapidinho desandou.
Dominguetti apresentou um áudio onde o Deputado Luis Miranda (DEM-DF) supostamente aparecia pedindo propina para as vacinas. Miranda, que acusou Bolsonaro de prevaricação semana passada, apareceu imediatamente falando que o áudio não só era falso, como descontextualizado.
Dominguetti, então, foi apelidado de "Cavalo de Troia", por trazer informações truncadas que só serviram para confundir e atrasar o andamento da Comissão.
Sexta-feira (2/07): Vacinas vencidas.
Sextando entre folia e caos, a Folha de S.Paulo publicou uma denúncia de que ao menos 26 mil doses da vacina Astrazeneca foram aplicadas depois da data de vencimento.
As vacinas vencidas foram aplicadas em 1532 municípios. E ainda não há um protocolo unificado sobre como os pacientes que receberam as doses devem agir.
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