Morre Lygia Fagundes Telles, aos 98 anos, uma das maiores escritoras que o Brasil já teve

Ela era conhecida como "a dama da literatura brasileira".

Ícone da literatura brasileira, Lygia Fagundes Telles morreu neste domingo (3), em sua casa em São Paulo, de causas naturais. Ela estava com 98 anos.

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Conhecida como a "dana da literatura brasileira", ela era integrante da Academia Brasileira de Letras há 40 anos, três vezes vencedora do prêmio Jabuti (o principal da literatura brasileira),e tinha um prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa.

Em 2016, ela foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura.

"Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável", disse, na época, Durval de Noronha Goyos, presidente da União Brasileira de Escritores.

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Interessada por literatura desde jovem, publicou seu primeiro livro de contos em 1938, "Porão e Sobrado".

Apenas em 1954 escreveu um romance, "Ciranda de Pedra", uma de suas principais obras. A história virou novela duas vezes, em 1981 e 2008.

"Ciranda de Pedra" - o livro e a novela - retratavam a elite paulistana dos anos 50.

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Sua obra foi traduzida para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco e português de Portugal.

Outro livro seu que ficou bastante famoso foi "As Meninas", publicado em 1973.

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Na juventude, foi amiga de Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Hilda Hilda, entre outros grandes nomes da nossa literatura.

Ela foi casada com Godofredo Telles entre 1947 e 1960, e com Paulo Emílio Salles Gomes, fundador da Cinemateca Brasileira, entre 1963 e 1977.

Depois da morte de Paulo, Lygia foi presidente da Cinemateca. Ela também era formada em direito.

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Outros títulos para apreciar a obra de Lygia: "Antes do Baile Verde", A Disciplina do Amor" e "As Horas Nuas".

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