Flávio Bolsonaro usou Receita Federal em benefício próprio no caso da "rachadinha"

Assim como fez seu pai com a Polícia Federal, para tentar enfraquecer as acusações que o atingem no caso das "rachadinhas", o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) requisitou que a Receita Federal apurasse "com a máxima urgência" os servidores que, segundo ele, acessaram seus dados fiscais de maneira irregular.

Geraldo Magela/Agência Senado

Fotos de capa: Pillar Pedreira e Geraldo Magela/Agência Senado

Essas informações teriam servido de base para o relatório do Coaf que deu início às investigações contra o senador em 2018.

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O argumento do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) era a de que servidores da Receita Federal haviam vasculhado dados seus e de familiares de forma ilegal, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

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Depois da requisição, a Receita Federal mobilizou por quatro meses uma equipe de cinco servidores para apurar a acusação do "01." A partir da Lei de Acesso à Informação, a reportagem verificou que, de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, a Receita deslocou dois auditores-fiscais e três analistas tributários para fazer a apuração.

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Ao colocar o órgão público para atuar em seu benefício, a intenção de Flávio era reunir provas que o ajudassem a anular as investigações da suspeita de que ele comandou um esquema de desvio de parte do salário de assessores quando era deputado estadual, no Rio de Janeiro.

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Na petição feita por Flávio ao órgão, o senador afirma que a suposta violação da qual teria sido vítima representa um "imenso risco à estabilidade das mais diversas instituições do País."

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A investigação foi finalizada com a conclusão de que teses levantadas por Flávio eram improcedentes.

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Procurados pela reportagem, Receita Federal, Flávio Bolsonaro e sua defesa não se manifestaram.

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