De olho nas eleições, integrantes do governo deixam cargos e formam lista de candidatos para fugirmos

O primeiro turno está marcado para 2 de outubro e já sabemos em quem NÃO vamos votar.

A quase seis meses das eleições, a quinta-feira (31) começou agitada, com gente desistindo do concorrer, gente mudando de partido e gente deixando cargo no governo para poder se candidatar. Tudo isso deixou o xadrez eleitoral tumultuado e o eleitor, naturalmente, confuso.

Michael H/Getty Images

Abaixo, vamos te deixar a par de todas as mudanças. O troca-troca, o entra e sai, os desligamentos e as mudanças envolvendo os pré-candidatos.

Primeiro, uma breve explicação sobre o motivo desse tumultuo todo:

A próxima sexta-feira (1) marca o fim da janela partidária, aquele período em que deputadas e deputados federais e estaduais podem trocar de partido para concorrer nas próximas eleições sem perder o mandato.

Já no sábado (2), faltando exatamente seis meses para as eleições – marcadas para o dia 2 de outubro – termina o prazo para a descompatibilização de quem pretende concorrer na eleição e ocupa cargo público.

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1. Sergio Moro deve deixar o Podemos, partido pelo qual disputaria a Presidência, e se filiar ao União Brasil, para concorrer à Câmara dos Deputados por São Paulo.

Andre Coelho/Getty Images

Moro estava no Podemos desde novembro de 2020.

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2. Tarcísio de Freitas deixou o Ministério da Infraestrutura e é pré-candidato ao governo de São Paulo.

Marcelo Camargo/ Agência Brasil e Reprodução/Youtube

Para o lugar dele entra Marcelo Sampaio, que era secretário-executivo da pasta.

3. João Roma deixou o Ministério da Cidadania e voltou à Câmara dos Deputados. Ele é pré-candidato ao governo da Bahia.

Fabio Pozzebom/ Agência Brasil e Reprodução/Twitter

Para o lugar dele, entra Ronaldo Vieira Bento, que chefiava a assessoria de Assuntos Estratégicos da pasta.

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4. Damares Alves deixou o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e é pré-candidata ao Senado ou à Câmara.

Willian Meira/ MMFDH

No lugar dela, quem entra é Cristiane Britto, que era secretária nacional de Políticas para as Mulheres.

5. Marcos Pontes deixou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O astronauta é pré-candidato a deputado federal por São Paulo.

 Leonardo Marques/MCTI e Jefferson Rudy/Agência Senado

Paulo Alvim, que era secretário de Inovação da pasta, será seu substituto.

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6. Onyx Lorenzoni deixou o Ministério do Trabalho e Previdência e voltou para a Câmara dos Deputados. Ele é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul.

 Alan Santos/PR e Clauber Cleber Caetano/PR

José Carlos Oliveira, que presidia o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assume o ministério.

7. Flávia Arruda deixou a Secretaria de Governo e volta à Câmara dos Deputados. Ela é pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal.

Divulgação/Palácio do Planalto

Célio Faria Junior, que era chefe de gabinete de Bolsonaro, assume a pasta.

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8. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, volta à Câmara dos Deputados. Ela é pré-candidata ao Senado no Mato Grosso do Sul.

Carlos Silva /MAPA e Marcos Corrêa/PR

No lugar dela, assume Marcos Montes, que era secretário-executivo do ministério.

9. Rogério Marinho deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional. Em outubro, ele deve disputar uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Norte.

Divulgação/ Fecomércio e Divulgação/MDR

Daniel de Oliveira Duarte Ferreira, que era secretário-executivo da pasta, assume o ministério.

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10. Gilson Machado deixa o Ministério do Turismo para ser pré-candidato ao Senado por Pernambuco.

Isac Nóbrega/PR

No lugar dele, quem assume é Carlos Brito, que era diretor-presidente da Embratur.

11. Mario Frias deixou a Secretaria Especial de Cultura e deve ser candidato a deputado federal por São Paulo.

Divulgação/ Secretaria Especial de Cultura e Reprodução/Youtube

Hélio Ferraz de Oliveira, que era secretário nacional do audiovisual, assume o cargo de Frias.

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12. Sérgio Camargo deixou a Fundação Palmares e também será candidato a deputado federal por São Paulo.

Reprodução/Facebook

Substituto ainda não foi informado pelo governo. 

13. Alexandre Ramagem deixou o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele também deve concorrer nas eleições de outubro. Ainda não se sabe para qual cargo.

Carolina Antunes/PR

O substituto ainda não foi nomeado.

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