O abandono paterno é um problema sério no Brasil
Muitas crianças continuam sem o nome do pai na certidão de nascimento. E não é só isso.
Quando um homem não cumpre com os seus deveres de pai, o primeiro impacto direto recai diretamente sobre a mulher, que passa a vivenciar uma sobrecarga mental, física e financeira. E isso é uma realidade no Brasil. Em 2020, mais de 80 mil crianças foram registradas em cartório sem o nome do pai, segundo a Associação Nacional dos Registradores Civis de Pessoas Naturais (Arpen Brasil).
Matt McClain/ The Washington Post via Getty Images
No país, cerca de 12 milhões de mães chefiam lares sozinhas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só na grande São Paulo, quase 40% das famílias são chefiadas por elas.
O abandono parental paterno pode ser afetivo ou material. Ou seja, o pai pode se negar a cuidar do filho, se relacionar com ele ou até mesmo deixar de cumprir com suas obrigações financeiras.
Jose Luis Pelaez
Apesar de não haver um consenso jurídico sobre o abandono afetivo, alguns casos já foram levados à justiça brasileira e interpretados como descumprimento do dever legal de cuidado, companhia e educação previstos na Constituição.
Uma reportagem do Estadão traz o caso de um filho que relatou como a ausência da figura paterna e a frieza com que foi tratado a vida toda lhe causaram sofrimento. O pai foi obrigado a pagar R$ 100 mil de indenização.
As consequências jurídicas, entretanto, não amenizam os traumas e os danos emocionais causados a esses filhos, que em algum momento da vida vão precisar lidar com essas dores.
Por isso, é importante que os homens se eduquem, se informem e entendam de uma vez por todas que cuidar dos filhos, dentro dos mais diversos aspectos, não é e nem pode ser uma obrigação somente da mãe. Tem um meme bom que fala sobre como alguns homens gostam de se posicionar sobre certos assuntos, mas se omitem sobre outros. Fica aí pra nossa reflexão. 👇
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