6 razões para assistir a "Marighella"

Após dois anos sendo boicotado, longa finalmente chega aos cinemas.

Dois anos após ser finalizado - e adiado -, "Marighella" finalmente chega aos cinemas nesta quinta-feira (3). O longa estrelado por Seu Jorge marca a estreia de Wagner Moura na direção e estreia com aura de fenômeno pop: o primeiro final de semana, em pré-estreias, teve mais de 10 mil espectadores, número ótimo se levado em consideração o número de salas.

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E a gente te dá seis razões pelas quais você PRECISA assistir a "Marighella".

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1. É preciso celebrar o cinema nacional e prestigiar um filme que sofreu constantes boicotes.

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"Marighella" deveria ter estreado em 2019 e foi adiado. Sofreu perseguição da Ancine e teve lançamento suspenso. Na época, o governo Bolsonaro chegou a afirmar que a agência de cinema precisava de "filtros" - ideológicos, claro. Depois, veio a pandemia.

Além disso, a produção ainda teve de enfrentar um vazamento na internet. Em tempo de produção nacional sofrendo boicotes claros, torna-se mais do que necessário apoiar o audiovisual brasileiro.

2. Há que se irritar uma ala extremista que nem assistiu ao longa e já começou uma campanha de difamação virtual, distribuindo avaliações ruins em sites como o "iMDB".

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Antes mesmo de estrear, o filme tem sofrido uma campanha pesada para ter notas ruins em sites de avaliação. Para se ter uma ideia, após sua primeira exibição, no Festival de Berlim, em 2019, onde foi recebido sob aplausos, milhares de críticas negativas surgiram no "iMDB". Foram mais de 40 mil. Por causa disso, o site decidiu mudar o sistema de avaliação.

Em entrevista ao “UOL”, Wagner Moura falou sobre os ataques: “Gosto do fato de o filme incomodá-los ao ponto deles organizarem suas milícias digitais para dar notas baixas a uma produção que ainda não estreou. Mas, claro, sobretudo lamento termos que passar por isso”.

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3. Marighella precisa ter sua história conhecida sem falsas narrativas.

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O longa é baseado na excelente biografia escrita por Mário Magalhães, mas, ainda assim, a história de Marighella é contada de maneira torta por vários comentaristas políticos. Muitos - pasmem - chegam até mesmo a questionar o fato de ele ser negro.

O filme de Wagner Moura é uma ótima oportunidade para entender sobre esse período sombrio do país, com a ditadura silenciando brutalmente a todos, e aprender sobre essa figura de resistência, que, sim, para muitos é controversa.

4. A trilha sonora é TUDO.

Basta dizer que a (ótima) primeira cena do longa, quando uma viagem de trem é interrompida por um bando armado, é rodada ao som de "Monólogo ao Pé do Ouvido", de Chico Science e Nação Zumbi.

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5. Bruno Gagliasso está malvado demais.

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Se você está acostumado a ver o ator em personagens bonzinhos, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Bruno Gagliasso está MAU. Ele está malvado DEMAIS. Na história, ele interpreta um delegado claramente inspirado em Fleury, um dos grandes carrascos da ditadura. Ele arrasa demais.

6. Seu Jorge dá um show.

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Já Seu Jorge, o protagonista, mostra que seu talento para o drama é um absurdo de tão grande. A firmeza que ele confere a Marighella, ao mesmo tempo em que mostra suas fragilidades em nuances que surgem aos poucos, cativam qualquer espectador. Sua performance é arrebatadora.

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