5 fatos alarmantes sobre a crise hídrica que já está entre nós

É a pior seca em décadas e estados já estão em alerta.

Com a chegada do período de estiagem na maior parte do país, os reservatórios de água de várias hidrelétricas sofrem esvaziamento, o que dificulta e encarece a produção energética através dessa matriz. Por causa disso, várias cidades já se preparam para enfrentar um período de seca e aqui está o que você precisa saber sobre o assunto.

João Selare / TV Tem

Imagem mostra o baixo nível de água na Usina Hidrelétrica de Marimbondo, no interior de São Paulo.

1. É a pior seca em décadas.

O Globo

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a escassez de chuvas no país para a geração de energia é a pior em 91 anos.

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2. Cinco estados já estão em alerta.

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Alguns dos principais reservatórios responsáveis pela produção energética do país, localizados no Centro-Oeste e no Sudeste, estão no pior nível registrado em duas décadas. 

Por conta disso, em maio deste ano foi emitido um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É o primeiro alerta dessa natureza na história do país.

3. Desmatamento e fenômenos climáticos são as principais causas.

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A escassez de chuvas pode ser explicada por três fatores no Brasil: o aquecimento global, o fenômeno La Niña e o intenso desmatamento da Amazônia.

Sobre o desmatamento, a conta é simples: os ventos vêm do oceano, passam pela Amazônia e são redirecionados pela Cordilheira dos Andes para o centro do país. Com cada vez menos árvores na Amazônia, há cada vez menos umidade sendo transportada nesses ventos. Logo, temos menos chuva no Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

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4. A previsão é de que a situação piore.

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Em 2014, quando houve crise hídrica em São Paulo, o volume da Cantareira atingiu 3,6% da capacidade e a Sabesp passou a bombear água do chamado volume morto, lembra?

Em abril deste ano só choveu 10,8% do esperado no mês na Cantareira, um déficit de 89,2%. Em maio, a situação se repetiu e a média das chuvas na região caiu 48%, criando um cenário mais crítico do que em 2013, ano anterior à crise hídrica. O déficit em São Paulo deve seguir nos próximos meses, tradicionalmente mais secos.

Na imagem, um registro da Cantareira feito em fevereiro de 2015.

5. Além de tudo, as contas de luz ficarão mais caras.

Reprodução

Mais de 60% dos recursos energéticos no Brasil vêm das matrizes de energia hidrelétricas, e utilizar outras fontes de energia a curto prazo sai muito mais caro. Resultado? Contas de luz mais caras. 

Isso acontece porque, com a falta de água, o governo recorre a usinas termelétricas, que são mais caras e à base da queima de combustíveis, para atender à demanda. O Ministério de Minas e Energia estima que isso resultará em um aumento de 5% na tarifa de luz.

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