Formiga se despede da Seleção Brasileira de futebol feminino após 26 anos

Aqui estão 8 motivos para enaltecer a nossa eterna camisa 8.

Partida de despedida será contra a Índia.

Aos 43 anos, a meio-campo Formiga se despede nesta quinta-feira, 25, da Seleção Brasileira. O time entra em campo hoje, às 22hrs, contra a Índia, em jogo do Torneio Internacional de Futebol Feminino. 

Homenageada do dia.

Hoje pela manhã, a jogadora que defendeu a seleção por mais de duas décadas foi homenageada por astros do futebol como Marta, Pelé, Cristiane e Neymar. Listamos abaixo 8 motivos para exaltar Formiga dentro e fora de campo.

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1. 26 anos – em alto nível – de Seleção Brasileira.

Com uma condição física invejável, Formiga esteve à serviço da Seleção Brasileira durante 26 anos!!! Mesmo com idade em que a maioria dos atletas é considerada velha, a volante é uma das atletas que mais corre, marca, disputa bola em campo.

2. Números e títulos.

Formiga é um fenômeno. Só na Seleção Brasileira, ela tem 233 jogos e 37 gols. No currículo, a jogadora acumula os títulos de tri-campeã pan-americana, campeã da Copa América, vice-campeã mundial, duas vezes medalha de prata em Olimpíadas.

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3. Recordes.

Formiga é a atleta, entre homens e mulheres, que mais vezes vestiu a camisa da Seleção Brasileira. Ao longo da carreira, a camisa 8 disputou 7 Copas do Mundo e 7 Olimpíadas, sendo a jogadora mais longeva da história dos mundiais de futebol.

4. Luta por reconhecimento.

Desde os anos 90, Formiga luta para que o futebol feminino chegue ao mesmo patamar que o masculino. "A gente segue avançando, mas continuamos #presasnos80. Isso porque o investimento que é feito no futebol feminino segue parecido com o que era investido no futebol masculino lá nos anos 80", criticou ela durante a Olimpíada de Tóquio. Mesmo que ainda falte muito a ser feito, sem a Formiga, o futebol feminino não estaria onde está hoje. 

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5. Formiga ajudou a fazer o futebol feminino virar realidade no Brasil.

"Se eu pudesse fazer um quadro de um dos momentos mais importantes dessa minha trajetória, incluiria também o de hoje, por ver o crescimento do futebol feminino no Brasil. Acredito que hoje nós podemos sonhar com um futuro melhor na modalidade, em que essas meninas não terão que enfrentar metade das barreiras que enfrentei no começo, porque hoje o futebol feminino virou uma realidade. O legado é que elas continuem acreditando, porque a cada dia o futebol feminino brasileiro está melhorando", disse em entrevista à CBF. 

6. Negra, mulher, LGBT e nordestina.

Ao longo de sua trajetória, o principal desafio que Formiga precisou enfrentar foi fora de campo, o preconceito. E ele vem de todos os lados, já que estamos falando de uma mulher negra, mulher, LGBT e nordestina. “Só pelo fato de ser negra e nordestina, já se sofre um preconceito muito grande, com certeza. E, sem dúvida, tratando-se de mulher e negra em qualquer área de trabalho há olhares tortos. Vejo poucas mulheres, poucos técnicos também negros no comando, é um absurdo. Eu condeno totalmente pessoas que agem desta forma”, disse em 2019 ao site Notícia Preta.

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7. Inspiração.

Formiga ajudou a formar dezenas de jogadoras que passaram pela seleção. Também serviu e ainda serve de inspiração para milhares de meninas e mulheres dentro e fora do esporte. "A história dela fala por si. Um exemplo de perseverança e dedicação. Uma das pessoas mais amadas do mundo", disse Marta sobre a colega de time. "Não acredito que ninguém possa replicar o que você fez em campo. Você é única, fora da curva, sem igual!", disse a jogadora americana Megan Rapinoe, eleita a melhor do mundo em 2019.

8. Formiga é incansável.

No fim de 2016, havia anunciado sua aposentadoria da seleção. Dois anos depois, decidiu voltar, após ser convencida pelo então técnico do time, Vadão, de sua importância para a equipe. “O que me move ainda é essa necessidade de ver o futebol feminino realmente onde ele merece: eu quero ver essa modalidade no topo. Quero que a gente possa ter o máximo de respeito e, pra isso, eu acho – acho, não, tenho certeza – que a gente precisa ganhar um título de importância, como um Mundial ou uma Olimpíada”, disse ao Notícia Preta.

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