Pabllo Vittar lança "Noitada": "Quero que as pessoas escutem esse álbum e se sintam sexy"

"Eu trouxe as minhas vivências pós-pandemia e eu tenho algumas coisinhas que eu aprendi também. Mas o pós-pandemia de voltar pras festas, noites, shows, micaretas e dali pra cá, nossa, meu Deus, eu me senti mais livre, sabe? Tipo, meu Deus, estou viva. É como se fosse uma ressurreição mesmo de alguém que estava praticamente morta, no sentido literal da palavra. Me sentindo morta, estava triste. Eu estava longe do que eu gostava. Então quando eu voltei pra noite eu me senti mais livre sexualmente pra falar com as pessoas. Pra viver experiências. Sem medo também de cortar laços, então esse álbum veio como uma forma de falar e mostrar pra mim mesma que eu posso fazer tudo. Eu sempre falo e acredito nisso, mas às vezes é difícil de acreditar em alguns momentos da vida, e esse álbum veio pra me afirmar, sabe? Por isso que ele é tão diferente dos outros. Eu acho que estou começando a escrever um novo capítulo, uma nova história daqui pra frente."

"O álbum todo eu fiz pensado pra essa vida de night, lifestyle, night Club. Dessa história de você antes de ir pra balada, no seu esquenta, com seus amigos ou mesmo sozinho. Porque eu acho que a gente precisa desse before, desse antes, de ir pra se sentir, administrar essa energia noturna, onde a gente se sente sexy. Eu quero que as pessoas escutem esse álbum e se sintam sexy. Já falei pras minhas fã tímidas: 'Olha meu amor, já deixa essa era tímida lá no 'Batidão Tropical' (álbum lançado em 2021), porque não existe mais amor, aqui é putaria'".

"Eu não imagino nada, mona! Porque tenho certeza que todo mundo está com alguma coisa na cabeça. 'Ah eu acho que vai vir, sei lá, um funk, mas vai vir um funk mas, sei lá, não sei'. Eu convidei a Anitta ano passado para esse álbum. Ano passado a gente ainda não tinha essa música, sabe? E essa música nasceu por conta do storytelling do álbum. Primeiro tem a 'Noitada Intro', entra 'AMEIANOITE', 'Descontrolada', 'Balinha de Coração', está parte onde eu começo a falar de sexo e drogas. Ali eu falei: 'Quem que eu vou chamar pra falar de liberdade sexual, de flertar com essa juventude e tal? Anitta!'. Eu mandei pra ela e ela amou. Eu fiquei muito feliz! Em 'Calma Amiga' eu morro de rir toda dessa vez! Porque aquele áudio meu não era pra estar aí! Era uma brincadeira que eu já fazia anos atrás."

"Eu queria que eles brilhassem comigo. É tão chato quando você faz um feat e recebe só uma partezinha. Aí quando a música sai os fãs falam: 'Ai mas tu nem cantou, nem participou da música direito', e a gente queria trazer os artistas pro protagonismo junto comigo, sabe? Aí não é só a Pabllo tendo as linhas e começando as músicas, quem canta o refrão de 'Descontrolada' é a Mc Carol, quem começa 'AMEIANOITE' é a Glória Groove. O Kannalha também produziu a música 'Penetra', ele não só escreveu a parte dele, como também opinou na batida porque é um ritmo dele."

"Toda vez que a gente faz um álbum, temos uma mensagem pra passar. A melhor forma é com humor, com descontração, porque é assim que a gente faz as músicas também. Quando a gente está no estúdio, a gente não fica: 'Eita caralho a gente tem que fazer o hit do Carnaval, vamos ver o que está hitando, o que está no TOP 50 do Spotify' A gente fica pirando nas nossas próprias coisas. Óbvio que a gente tem o hit que queremos fazer, mas eu gosto de trabalhar com o humor nas músicas, porque eu sou palhaça, estou rindo toda hora, essa vibe descontraída. Eu odeio estar tensa, sabe? Nos shows dá aquele brilho. Eu olho pra cara do fã, ele já está cantando comigo e a gente acaba rindo ali, como se fosse amizade mesmo. Então tem um contexto do álbum, mas tem um fio de descontração."

"É uó, bicha, pelo amor de Deus. Eu já me cobrei mais, você acredita? Hoje em dia eu quero fazer as coisas de um jeito que não for tranquilo pra mim, nem pra ninguém, não quero. Eu quero trabalhar de forma legal, de sair e falar: 'Porra, eu fiz uma música muito foda hoje!', porque senão eu acabo pegando raiva da música, do álbum, e eu amo todos os meus álbuns justamente por conta desse processo de não ter tanta pressão. Quando eu me sinto pressionada, eu já falo logo: 'Olha meu amor não vem com muito babado não, porque senão não vai ter álbum porra nenhuma, eu vou pegar o pendrive e vou tacar é fogo. Vou embora daqui e viver da minha arte na praia', entendeu? Porque é muito chato ficar trabalhando com single, pois você já começa a deixar o fã mal acostumado, aí quando vem o álbum ele não dá valor."