Fomos chamados para entrevistar J Balvin, mas tenho a impressão de que a conversa foi com José Álvaro Orosio
Cantor colombiano falou sobre como lida com suas duas personas, sonhos para o futuro e Anitta - claro.
No último sábado (8), o BuzzFeed Brasil entrevistou o cantor J Balvin, 37, no backstage de seu show em São Paulo.
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No entanto, desconfio que conversamos, na verdade, com José Álvaro Osorio Balvín, apesar do visual de popstar: camisa e shorts largos e pretos, óculos escuros da grife Balenciaga e, nos pés, seu Air Jordan 2 X J Balvin (segundo modelo da colaboração que tem com a Nike).
A voz mansa e a economia nas palavras no camarim pareceram bem diferentes da atitude mostrada horas depois pelo reggaetonero em cima do palco. Talvez estivesse poupando energia, para depois oferecer seu máximo ao público presente no Allianz Parque.
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Depois de passar pelo Rio de Janeiro, essa foi a segunda - e última - apresentação do cantor colombiano no Brasil na turnê pela América Latina.
É justamente a atitude de um e de outro a principal diferença que o colombiano vê entre suas duas personas. "Às vezes um pouco complicado (diferenciar um do outro), por ser a mesma pessoa por dentro. Mas acho que é mais uma questão de atitude. A atitude que se tem como artista é algo mais forte. Quando estou como José, sou mais como uma criança", reflete.
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E esse parece ser um assunto comum na casa de José. Tanto é que em seu disco mais recente, o homônimo lançado em 2021, a música "7 de Mayo" (data de seu aniversário) inicia com um áudio de sua mãe dizendo "que entre José e J Balvin não exista diferenças".
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Segundo o cantor, a mensagem de voz não foi planejada para estar ali, mas coube como uma luva. "Quando eu começo a fazer piadas e a rir é quando José está no palco", diz.
Na mesma canção, J Balvin diz já ter realizado os sonhos que tinha quando criança, como gravar com a Beyoncé, por exemplo.
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Em 2017, "Mi Gente" – música que foi remixada para um feat. com Beyoncé – se transformou na primeira canção em espanhol a chegar ao número 1 mundial em audições.
Para o futuro, os sonhos de Balvin estão na ponta da língua: "Quero seguir atingindo diferentes patamares para poder seguir elevando a cultura latina e seguir perseguindo também meus sonhos pessoais. Conquistei muitas coisas bonitas, mas é sempre necessário seguir fazendo novos movimentos pelo que se busca."
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E para seguir percorrendo seus sonhos, J Balvin conta com a amizade de Anitta, a quem ele chama de irmã. "Anitta é mais do que uma amiga, é uma irmã. Somos família", diz. O cantor demonstra sua gratidão à "Girl from Rio" por ter aberto portas para ele no Brasil.
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"Sou muito grato a ela porque também graças a ela conhecem J Balvin no Brasil. Ela é uma grande representante, uma das rainhas do Brasil", afirma.
Juntos, os dois têm cinco músicas juntos: "Ginza"; "Downtown"; "No Más"; "Bola Rebola"; e "Machika". E, segundo o cantor afirmou recentemente em entrevistas, já há outra canção, fruto da parceria, pronta para ser lançada.
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Quanto o assunto são as eleições no Brasil, a diferença entre Balvin e Anitta ficam explícitas. Se no passado ambos já foram criticados por não se posicionarem politicamente, a brasileira pegou outro caminho e vem sendo figura fundamental no processo eleitoral deste ano. O colombiano, no entanto, diz que esse nem é um assunto comum entre os dois.
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Balvin diz que eles não conversam sobre política. "Às vezes ela me conta, mas eu sou muito focado. Acho que ela também, mas acho que tem uma personalidade um pouco diferente da minha, porque ela expressa o que sente imediatamente. Mas ela é uma pessoa que eu respeito muito, o que quer que faça."
Antes do fim da entrevista, proponho um jogo a José/J Balvin. Eu indico situações e ele sugere músicas ou artistas que mais combinam com cada uma delas. Veja o resultado:
Antes de dormir: "Tem um grupo, não sei se é europeu, chamado N.A. Eles têm músicas que se parecem com a trilha de "O Senhor dos Anéis". Acho que isso."
Para fazer academia: "Drake!", diz, sem nem pensar muito.
Para visitar a Comuna 5 (bairro onde J Balvin nasceu em Medellín): "Reggaeton, um bom reggaeton".
Para relaxar antes de um show: "Um grupo de reggae porto-riquenho chamado Cultura Profética. Eu gosto muito!"
A primeira para ouvir depois de acordar: "Tem uma música chamada "Gracias a la Vida", de Mercedes Sosa, e essa canção é sempre a primeira que eu gosto de ouvir. É como um mantra!"
