Em uma semana, dois casos de homofobia por parte de militares no Brasil
Tolerância passa longe: dois policiais foram punidos por se afirmarem gays.
Passado o mês do Orgulho LGBT, os casos de homofobia segue se acumulando. Somente nesta semana, no Brasil, dois gays foram punidos por parte de seus comandos militares.
Divulgação/Exército da Suécia
Pelo visto, aqui no país, a situação é bem diferente da Suécia, onde o Exército promoveu a campanha da imagem acima.
Infelizmente não estamos surpresos.
Na última quarta-feira (7), o policial militar Henrique Harrison foi punido com uma repreensão por publicar um vídeo em seu canal no YouTube no qual fala sobre sua experiência como LGBT dentro das forças armadas.
Reprodução/Instagram
Em fevereiro, o mesmo PM chegou a ser alvo de ofensas homofóbicas ao publicar uma foto beijando seu noivo durante sua formatura.
A decisão da Corregedoria da Polícia Militar saiu na última segunda-feira (5). A repreensão ocorreu por "portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura" e "discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado".
Ou seja: para falar sobre a própria vivência Harrison precisa pedir autorização.
O curioso é que vários PMs têm canais no YouTube e falam livremente sobre suas experiências, além de mostrar suas armas.
No caso de Harrison, ele chegou a ter a arma apreendida porque em um de seus vídeos ela aparecia em cima de um cômoda.
Atualmente, o policial está afastado da corporação por meio de um laudo psiquiátrico ainda motivado por causa dos ataques homofóbicos e da sindicância que foi aberta em fevereiro.
Para sermos claros: ele, que reclamou, acabou punido e repreendido.
A PM diz que segue investigando o caso.
Nesta sexta-feira (9), Joseph teve a prisão relaxada e foi solto.
Para seu advogado, ele foi vítima de abuso de autoridade. Para a PM, ele descumpriu uma ordem e foi enquadrado no Código Penal Militar.
