7 momentos de Gene Wilder no cinema que jamais esqueceremos

Desde a pura imaginação até a excentricidade divertida, estas são as cenas que nos deixaram apaixonados por Gene Wilder, que morreu na segunda-feira (29) aos 83 anos.

1. Quando ele precisava de toda a ajuda que pudesse conseguir em "Banzé no Oeste"

Warner Bros.

Nesta cena de "Banzé no Oeste", Gene Wilder acaba de cair da parte de cima de um beliche da prisão.

Jim/Waco Kid (Wilder) e o xerife Bart (Cleavon Little) são as estrelas de uma comédia bromance perfeita, baseada no reconhecimento unânime de que eles eram os dois personagens mais inteligentes na sátira do Velho Oeste de Mel Brooks.

Wilder tem ótimos momentos no filme, mas nenhum tão cativante como o instante em que Bart conhece Jim, que está balançando de sua cama na prisão. Bart pergunta: "Precisa de ajuda?", ao que Wilder responde: "Ah, toda que eu puder conseguir".

Não é apenas uma resposta, é um lema de vida.

– Alison Willmore

2. Quando ele aterrorizou todo mundo no pedalinho em "A Fantástica Fábrica de Chocolate"

Warner Bros.

As excentricidades de Wilder como o magnata dos doces nesta adaptação musical do romance de Roald Dahl começam já na sua primeira cena: Wonka cumprimenta as cinco crianças que ganharam o concurso mundial com uma bengala, apenas para revelar com um súbita cambalhota que ele nunca precisou dela.

Wilder disse uma vez que ele montou o personagem de modo que o público nunca saberia se ele estava mentindo ou dizendo a verdade. A cena de fato, definiu o personagem como uma espécie de malandro.

E, no entanto, nada prepara as crianças — ou o público — para o que acontece quando Wonka as leva em um passeio de pedalinho através de sua fábrica. Elas entram em um túnel escuro e a trilha sonora torna-se ameaçadora. O pânico de seus passageiros cresce, mas Wonka continua gritando "mais rápido!" ao seu Oompa Loompas enquanto luzes psicodélicas giram loucamente em seu rosto e imagens aterrorizantes piscam nas paredes.

Então Wonka começa a cantar: "There’s no earthly way of knowing / which direction we are going…". Wilder começa a música em uma cadência estranha em tom menor, aumentando lentamente em intensidade, até que, no final, ele está gritando com todo mundo como um maníaco.

A sequência termina abruptamente, e todo mundo parte para a próxima desventura, mas a histeria desequilibrada da performance de Wilder permanece — não apenas para o resto do filme, mas na imaginação de quase todo mundo que a assistiu, para o resto de suas vidas.

— Adam B. Vary

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3. Quando ele ficou histérico em "Primavera Para Hitler"

MGM

A energia maníaca de Gene Wilder deixou o aspirante a produtor Leo Bloom quase que insuportavelmente neurótico.

Em sua cena mais engraçada em "Primavera Para Hitler", ele diz a Max (Zero Mostel), "Eu sou histérico! Eu estou ficando histérico! Eu estou histérico!".

A solução lógica de Max é jogar água em Leo, no momento em que ele responde: "Eu estou molhado! Eu estou molhado! Estou histérico e estou molhado!".

Max lhe dá um tapa. Agora? "Estou com dor! E estou molhado! E ainda estou histérico!".

É uma performance muito engraçada, já que Wilder nunca diminui sua intensidade.

— Louis Peitzman

4. Quando ele sapateou em "O Jovem Frankenstein"

20th Century Fox

Wilder frequentemente citava "O Jovem Frankenstein", de Mel Brooks, como seu trabalho favorito.

Nesta rica paródia de filme de monstro com trocadilhos obscenos, vaudeville e emoções baratas, Wilder como Frahnken-steen contracenou com coestrelas como Madeline Kahn e Marty Feldman, renovando alguns dos temas favoritos de Hollywood com seu delicioso humor.

Por exemplo, quando ele e seu monstro (Peter Boyle) sapateiam como prova de que ele poderia trazer os mortos-vivos para a vida. Wilder, sério e ágil, docemente canta "Puttin 'on the Ritz" enquanto ele prepara o refrão da música para o gemido da sua criatura. Eles parecem muito felizes. E quem não estaria? Foi a sintonia perfeita.

— Katie Hasty

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5. Quando ele se ferra com Richard Pryor em "Cegos, Surdos e Loucos"

TriStar Pictures

"Cegos, Surdos e Loucos" foi a terceira e última colaboração de Wilder e do comediante Richard Pryor nas telas.

Wilder era um personagem surdo, e Pryor um cego. A comédia era cheia de piadas pastelão e tiradas — as quais a dupla reiterava em cada oportunidade.

Quando os dois são indevidamente acusados de um crime, Wilder e Pryor frustram a pobre policial que tiraria o retrato deles. A cena tem uma ferocidade que prova porque a combinação deles era tão forte.

— K.H.

6. Quando ele partiu nossos corações e depois os ganhou de novo no final de "A Fantástica Fábrica de Chocolate"

Warner Bros.

Fora o passeio escuro e sinuoso no pedalinho, a cena mais traumatizante de todas em "A Fantástica Fábrica de Chocolate" é quando o Sr. Wonka deixa Charlie e o vovô Joe esperando, imaginando o que eles fizeram para ser mandados embora de sua fábrica de forma tão abrupta, sem o seu suprimento eterno de chocolate.

Quando vovô Joe receosamente se aproxima do doceiro, ouve aos gritos sobre as letras miúdas do contrato e como eles "perderam" e "não ganharão nada". A cena é tão confusa para os telespectadores como é para o único destinatário do bilhete dourado restante no final do filme.

A capacidade de Wilder em mudar de humor — como quando ele revela que Charlie ganhou muito mais do que o próprio chocolate — é impressionante e assustadora, e isso fez todos nós querermos ser aquela "criança carinhosa e muito honesta".

A performance de Wilder viverá para sempre como um glorioso meme com palavras: "Bom dia, senhor!".

— Jaimie Etkin

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7. Quando ele fez uma pausa de mestre em "Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar)"

United Artists

Dr. Ross, o médico interpretado por Gene Wilder no segmento do filme de Woody Allen de 1972 "O que É Sodomia?", sucumbe a um romance entre espécies grandioso.

A primeira vez que ele informado por seu paciente, um pastor armênio, de que ele está apaixonado por uma ovelha, Dr. Ross responde com mais de 20 segundos de silêncio, antes de quebrá-lo com a frase: "Ah, entendo".

A mudez nunca foi tão engraçada, antes ou desde então.

— A.W.

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