Um jovem gay sofreu estupro coletivo e foi tatuado com ofensas homofóbicas - é preciso falar sobre

A violência LGBTfóbica não dá trégua nem na semana da Parada do Orgulho.

Nem na semana em se celebra a Parada do Orgulho LGBTQIA+ a violência LGBTfóbica dá uma trégua. AVISO DE GATILHO: Só leia esse texto se tiver forças para ler sobre um crime bárbaro.

Na última segunda-feira (31), um homem gay foi vítima de um crime brutal em Florianópolis (SC). Ele foi agredido, sofreu um estupro coletivo com direito a objetos inseridos em suas partes íntimas e ainda foi tatuado com ofensas homofóbicas.


Apesar de ter ocorrido no começo da semana, o crime só veio a público na última sexta-feira (4), por meio do Instagram Universo LGBTQIA+, que publicou uma reportagem do programa "Cidade Alerta" local.

Segundo o telejornal, a divulgação do caso tinha acabado de ocorrer. Por que esperar tanto para falar sobre um absurdo como esse? Em quatro dias, sem divulgação, os criminosos podem 1) ter fugido ou 2) ter seguido com a certeza da impunidade.

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Apesar da brutalidade do crime, telejornais o ignoraram na noite desta sexta-feira (4) e também durante este sábado (5).

O que mais precisa acontecer para que a violência LGBTfóbica ganhe as manchetes e cause a revolta necessária?

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A vítima, de 22 anos, teve a identidade preservada pela polícia e está internada em estado grave.

O caso foi inicialmente investigado pela DPCAMI (Delegacia de Polícia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) e encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia da Capital.

As diligências acontecem sob sigilo.

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A presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB Santa Catarina, Margareth Hernandes, se pronunciou sobre o caso em perfil no Instagram.

“Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Essa violência que cresce assustadoramente com o incentivo de algumas igrejas, do presidente da República, de alguns prefeitos, governadores e parlamentares. Discursos de ódio são aplaudidos e por conta desses aplausos pessoas morrem de forma cruel, porque seus algozes se encontram legitimados por um governo genocida e homofóbico. Até quando? Minha solidariedade aos familiares e especialmente à mãe da vítima! Na torcida para que ele se salve e se recupere o mais rápido possível".

Não passarão. Punição para esses criminosos JÁ.

Chega de crimes motivados pelo ódio à diversidade nesse país. Que vergonha, Florianópolis. Que vergonha, Brasil.

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