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A prisão pelo fogo na estátua de Borba Gato causou revolta
Advogados consideram a decisão ilegal e absurda.
Débora Lopes
Há 3 anos
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Paulo Galo, entregador e líder do movimento Entregadores Antifascistas, teve prisão preventiva decretada nesta quinta (28) por ser um dos autores do incêndio provocado na estátua do bandeirante Borba Gato no último sábado (24).
Reprodução/Scarlett Rocha
A juíza que assinou a decisão também decretou a prisão de Danilo Oliveira "Biu", integrante do movimento Revolução Periférica, e da companheira de Galo, Géssica Barbosa.
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Galo se apresentou no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo. Em frente à delegacia, ele falou para a imprensa: "O ato no Borba Gato foi feito pra abrir um debate, em nenhum momento foi pra machucar alguém ou causar pânico na sociedade. Agora, as pessoas podem decidir se elas querem uma estátua de 13 metros de altura que homenageia um genocida e um abusador de mulheres".
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Galo e Géssica são pais de uma criança de três anos. De acordo com a Justiça, mães com filhos de até 12 anos com prisão preventiva decretada devem cumpri-la em domicílio. “Para mim é absolutamente surreal”, disse Jacob Filho, advogado do casal, em entrevista à Ponte Jornalismo.
“Você pega políticos que foram presos mas a mulher não, porque tem um filho menor. Mas quando se trata de uma mulher negra, periférica, aí sim. A Géssica tem uma criança de três anos. Você tem uma decisão da Suprema Corte que veda esse tipo de prisão, mas ela está mantida”, falou o advogado.
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