Prestes a lançar primeiro álbum solo, ZAAC é uma potência musical que o mundo merece e precisa ver
Cantor é o único brasileiro a ter cinco números #1 no Spotify.
ZAAC viu sua vida mudar muito rápido, com um sucesso meteórico. Em pouco tempo de carreira, ele possuir recordes, parcerias com grandes artistas, turnês internacionais e se vê consolidado no meio musical.
Nascido na periferia de Diadema, na grande São Paulo, e perto de completar 30 anos (ele faz aniversário em dezembro), o cantor está no funk há mais de dez anos, mas estourou em 2016, com o hit "Bumbum Granada", lançado com o cantor Jerry Smith. No ano seguinte veio e primeiro sucesso solo, "Vai Embrazando", e pouco depois a parceria com Anitta, "Vai Malandra".
Lançada no fim de julho, a música "Potência" foi concebida por três dos maiores produtores do Brasil: Pablo Bispo, Ruxell e Batooke Native deram seu toque para que a canção tomasse forma e ritmo. O processo criativo é feito em conjunto e ZAAC faz questão de participar de cada detalhe.
"Tanto eu quanto os produtores acompanhamos a música do começo ao fim, tanto na batida quanto na letra. Estamos sempre 100% ali. Eu tento levar minha experiência, minha estética e sabedoria. O que eu sei, eu tento botar ali de pouquinho em pouquinho e o produtor também bota a vibe dele. 'Potência' foi esse caso. Ruxell e o Pablo Bispo são produtores que estão super antenados, estão super por dentro e são super musicais de uma forma gigantesca, tem trabalhos com grandes artistas e grandes compositores. Então nós dividimos muito bem a música.
A parceria de ZAAC e Léo Santana estava para acontecer, era só uma questão de tempo. Eles alinharam a agenda, colocaram a voz e lançaram o hit, que foi direto para as mais tocadas.
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"Eu falava 'vamos fazer uma música juntos?', ele dizia 'vamos', e eu perguntava ' e a música?', então ficava meio no silêncio. Dessa vez eu fiz a música e mandei pro Leo, e ele gostou. Quando juntamos com o Pablo e o Huxel, nós decidimos que essa vibe ficou boa, e rolou."
ZAAC detém o recorde de ser o artista masculino a ter o maior número de músicas no topo do Spotify. Ele já tem cinco até o momento.
"Isso me alimenta muito, acho que alimenta todo artista né? Saber que o que você está fazendo, o que você está criando, a sua verdade, está sendo aceita pelo Brasil, pelo mundo muitas vezes. Então eu fico sem palavras, né? Minha pretensão era só tocar na quebrada, tocar no baile mesmo, e vi a música tomando essa proporção que tomou, vendo ela ganhar o topo, sabe? Eu me surpreendo a cada vez com a aceitação da galera com o meu trabalho, os caminhos que eu estou atravessando, conquistando."
Recentemente, ZAAC atravessou o Atlântico para fazer shows na Europa. Ele passou por nove cidades em cinco países, e não faltaram surpresas e muita emoção.
"Foi maravilhoso, eu me senti muito acolhido, a galera me abraçou muito, a energia foi incrível, e ver os europeus tentando cantar foi uma coisa muito curiosa. O português é um idioma muito difícil, né? A galera tem dificuldade de pronunciar. Mas eles tentavam cantar, foi uma experiência única. Além da gratidão de eu poder estar viajando, atravessando o mundo com o meu trabalho, o meu som, a minha música."
A música brasileira tem sido bastante recebida por artistas internacionais. Em 2019, ZAAC foi convidado pela sueca Tove Lo para colocar voz em "Are U Gonna Tel Her?". Para o cantor, a vez dos artistas do Brasil está chegando.
"Eu acredito que a música sempre foi vista de uma forma muito grandiosa, só que realmente o idioma era a barreira, né? Eu creio que a internet está cada vez mais usando informação de forma mais clara. Então eu acho bacana quanto mais pudermos abraçar nosso idioma. Nosso reconhecimento na verdade muitas vezes é vindo de lá de fora, as pessoas aqui ainda fecham os olhos pro funk. Mas graças a Deus e graças ao trabalho de cada um, o funk está crescendo bastante. Nós estamos muito bem. Se continuarmos indo bem, se nós formos respeitados e acolhidos pelo nosso país também, creio que vai fortalecer demais o movimento da música em si. Mas estamos no caminho certo, né? Estamos chegando lá."