Comemorando dez anos de carreira, Gustavo Mioto relembra o passado, celebra o presente e conta os projetos para o futuro

O cantor já está consolidado e quer conquistar muito mais.

Não dá para negar que Gustavo Mioto é uma estrela em ascensão. Seus números só crescem, assim como seus hits e sua base de fãs.

Há dez anos ele vem fazendo um trabalho bastante árduo e tem colhido os louros.

Não teria um momento mais especial para falar com Mioto do que este. Ele tem emplacado o primeiro lugar dos streamings com a música "Eu Gosto Assim", parceria inédita com Mari Fernandez.

"A gente amanheceu em primeiro lugar não só no Spotify, como na Deezer também! Tem sido muito massa poder viver isso nesse momento, completando dez anos de carreira. Eu sempre digo que você acertar a primeira (música de sucesso) é a parte "mais fácil", né? Porque a manutenção é a parte mais difícil. No ano em que completamos dez anos, estar em primeiro lugar há dez dias é realmente muito massa, então eu estou muito feliz com esse momento e já ansioso."

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A canção com Mari Fernandez está com quase 20 milhões de reproduções em pouco mais de um mês desde o lançamento. A escolha da cantora para o dueto veio como um frescor no repertório do artista.

Divulgação

"Geralmente a galera já espera de mim algo mais romântico. Já espera esse meu lado, que é um lado que eu amo fazer. É um lado que pra sempre vou querer fazer porque é a minha personalidade. Esse tipo de produção, que é uma parceria, somou algo novo pra galera escutar, e num ano de dez anos de carreira é muito importante você vir com novidades, algo que soa diferente, com um ar de de renovação."

Esta semana completa dez anos do lançamento de "Ela Não Gosta de Mim", primeira música de trabalho de Gustavo. Na época, o cantor tinha apenas 15 anos.

Ele relembrou um pouco desse momento: "Eu lembro de dúvidas, né? Era uma vida de dúvidas. Uma dúvida se eu continuava mesmo na carreira, era uma dúvida se ia dar certo, era uma dúvida se eu fazia, se eu terminava, se eu ia pra faculdade, ou se eu não ia, se eu deixava quieto e focava na música, era uma vida de dúvidas. No começo você não sabe se vai dar certo, você acredita muito, mas não sabe se se vai chegar lá. O que eu lembro naquela época era aquele gás, vamos lançar a primeira, vamos ver como é que vai ser."

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E neste período muita coisa mudou na vida dele - incluindo sua percepção do mercado. Com o amadurecimento, vieram grandes reflexões.

"Eu acho que chegou um determinado momento da minha carreira que eu comecei a ver os artistas que estavam no mercado, os artistas que eu admiro, comecei a encontrar referências novas e foram nessas referências que eu comecei a estudar mais, comecei a estudar música, guitarra, outros instrumentos, e nisso aí você já vai pegando uma certa manha pra começar a produzir algumas coisas diferentes. Você vai amadurecendo seu ouvido pra escolher repertório, pra produção, pra escrever. Então acho que tudo é amadurecimento nesse tempo todo."

Dos 15 aos 25, além do amadurecimento, vieram algumas mudanças em Gustavo, dentre elas a voz, que se tornou mais grave, com tons diferentes do que se ouve no sertanejo.

"Eu tenho esse registro um pouco mais grave do que o normal do sertanejo. E no começo causou um certo estranhamento. Quando eu apareci, a gente estava numa época onde as vozes do estilo do Jorge & Mateus estavam muito fortes, e a galera queria aquilo ali, a galera estava focada naquilo ali. Então de lá até um bom tempo, a galera meio que me criticava bastante por conta disso. A gente passou uma barra e eu não sou o maior cantor do Brasil em questão de técnica vocal, e eu acho que a gente tem muita gente incrível, talentosa no sertanejo, mas eu acho que é um trunfo que eu levo com muito orgulho, esse timbre que é diferente do usual. Todo mundo que escutar uma música minha sabe que sou eu que estou cantando. Isso pra mim é o mais importante. Continuo estudando, continuo lidando com os problemas físicos que tenho na minha garganta. Mas eu estou muito feliz com esse timbre assim."

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Gustavo é o atual apresentador do TVZ, exibido no Multishow. Sua temporada vai até meados de novembro e tem agradado muito o público.

"Tem sido muito massa, muito massa mesmo. Assim, eu já tinha comandado no antigo formato, quando o artista ia um dia só apresentar. Recentemente fiz o programa com a Ana Castela e foi muito bacana, a gente tem atingido um número muito alto de engajamento e de audiência. Estou me sentindo solto, eles me deixaram a vontade pra falar sobre o que eu quisesse, rolar do jeito que eu quisesse. Então tem sido muito, muito livre, muito leve fazer. E eu estou muito feliz, já chegamos na metade e nem parece."

No meio desse tanto de comemorações está a gravação de um projeto audiovisual. Ele será gravado em Recife e contará com músicas inéditas, convidados especiais e novas roupagens para os hits já bastante conhecidos.

"A gente vai começar a anunciar as participações essa semana. A gravação será dia 20 de novembro em Recife e é a primeira vez que eu gravo na cidade. Dessa vez o palco será redondo, 360 graus. A gente já tem o design de palco, definimos os efeitos especiais e tudo mais. Então está basicamente tudo certo, só o repertório que ainda falta, que será metade gravações da minha carreira, onde iremos passar por esses dez anos rapidamente, e metade serão músicas inéditas. E dessas inéditas, provavelmente quatro terão participações. Tem dedo meu em tudo. Na ideia do palco, no processo de design, na linha de arte que será usada no LED, por exemplo, em alguns efeitos especiais e no repertório todo. Estou compondo e produzindo."

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Mas calma que as comemorações não param por aí! Mioto também está preparando um projeto com músicas acústicas.

Nós falamos muito sobre passado e presente. Mas como estão as expectativas para o futuro? Ele já tem seus próximos 15 anos bem planejados.

Foto: Ítalo Gaspar

"Eu penso nisso, sim. Eu acelerei no começo da vida pra desacelerar ali na frente, né? Então o meu pensamento de vida para os próximos dez anos é consolidar a carreira, correr um pouco mais, dar uma apertada de trabalho. Resolver a vida pra que daqui quinze, vinte anos eu já possa dar uma boa reduzida nas coisas. Tem uns projetos internacionais que eu quero resolver, que quero ver quanto tempo isso vai levar pra acontecer. O Brasil é muito grande, né? Tem que resolver as coisas aqui primeiro, aí eu vou resolver as coisas lá fora. Aí eu diminuo pra poder aproveitar o que eu construí nesses anos".

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