As 10 melhores séries da última década com representatividade trans

Sabemos, a série original "L Word" errou feio na representatividade trans... Mas "Geração Q" se sobressaiu, colocando em foco os personagens trans Pierce e Micah, interpretados por Brian Michael Smith e Leo Sheng, respectivamente. Onde a série original falhou, a sequência apresenta uma ótima representatividade trans, sem estereótipos ofensivos. Além disso, "Geração Q" escalou a atriz trans Jamie Clayton para interpretar uma personagem cis, o que é quase inédito na indústria!

Espera... "Shameless" não é aquela série que zoa absolutamente tudo e todos? Bem... sim, e é por isso que foi uma surpresa ver um personagem trans na 7ª temporada. O ator trans Elliot Fletcher, que interpreta Trevor, se junta à série como o novo interesse amoroso de Ian Gallagher. Embora haja um pouco de transfobia presente por parte dos personagens principais, Trevor corrige Ian e sua família, assim como possíveis telespectadores transfóbicos. Claro, a série continua insana e não deixa de lado as piadas ofensivas. Porém, no geral a atitude da série com a comunidade trans é extremamente positiva!

"She-Ra e as Princesas do Poder" da Netflix apresenta Perfuma, uma princesa que governa Plumeria com amor e compaixão, e é tratada com o maior respeito e elegância pelos roteiristas. Apesar de a transexualidade da personagem não ser explorada na série, a informação foi confirmada por ND Stevenson, criador do programa e homem trans.

Mais uma animação para nossa lista! Sabemos que "Big Mouth" não faz o tipo de todo mundo, mas a jovem trans chamada Natalie, introduzida na 4ª temporada, é supreendentemente muito bem representada! Natalie não aparece de forma estereotipada ou com a única função de educar as pessoas, mas sim como uma garota normal que por acaso é trans. Embora isso afete um pouco o enredo da sua personagem, tudo é tratado de forma leve e natural. Ela é dublada por Josie Totah, uma estrela em ascensão que, assim como sua personagem, é trans.

A refilmagem sombria da Netflix de "Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira" está longe de ser perfeita, mas uma coisa que funciona a seu favor é Theo Putnam. Permitir que o personagem passe pela transição em tempo real na tela e em segundo plano não é inédito na televisão, mas é raramente retratado de forma tão respeitosa. Por mais que algumas situações da série possam ser criticadas, a importância de Theo como personagem trans não deve ser subestimada.

"Sense8" é uma série fenomenal que foi cancelada cedo demais. O enredo é intrigante e uma das melhores personagens é Nomi Marks, uma ativista trans, hacker e vlogger. Nomi e sua namorada, Amanita, são talvez um dos exemplos mais lindos na mídia de um relacionamento lésbico entre uma mulher trans e cis. Além disso, a série foi criada pela dupla de diretoras trans, as Irmãs Wachowski!

A série "Supergirl" introduziu a personagem Sonhadora em sua 4ª temporada. Interpretada pela atriz trans Nicole Maines, Sonhadora fez história como a primeira super-heroína trans nas telas. Maines foi crucial para o desenvolvimento da história e representatividade de sua personagem. Por mais que o “Arrowverse” da CW esteja longe de ser perfeito, eles tratam a Sonhadora com respeito e integridade. Se você gosta de histórias de super-heróis com representatividade queer positiva, "Supergirl" é a série perfeita para você!

"Euphoria" da HBO Max fez muito sucesso! O público queer ficou feliz em ver Hunter Schafer como Jules Vaughn, uma adolescente trans que acabou de se mudar para a cidade. Jules tem uma história traumática e mostra que as pessoas trans não são perfeitas e cometem erros como todo mundo. Parte do que nos faz amar e nos ver refletidos em Jules é vê-la tentando navegar o mundo dos seus novos amigos, enquanto lida com suas questões pessoais. Por mais que sua personagem não receba tanto tempo de tela, Hunter entrega uma atuação poderosa e emocionante!

"Pose" é diferente de qualquer outra série da lista. Situado durante o final dos anos 80/início dos anos 90, quase todos os personagens principais são trans e interpretados por pessoas trans. Os episódios abordam situações pelas quais pessoas trans negras passam, mostrando ao público como o racismo e a transfobia estão muitas vezes entrelaçados.