Não, as vacinas do Butantan não são feitas com células de fetos abortados

A tristeza de ter que explicar isso em pleno 2021.

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O pior de tudo é que essa fake news não é de hoje. Em março deste ano a mentira já circulava por aí, junto com outras informações falsas dizendo que as vacinas contra a COVID-19 alteram o DNA do ser humano.

A história surgiu porque lá na década de 1960, cientistas extraíram células de fetos que foram abortados legalmente para replicá-las em laboratório. Os "descendentes" dessas células são utilizados até hoje e já ajudaram a desenvolver vacinas contra rubéola, hepatite A, sarampo e outras doenças.

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O próprio Instituto Butantan já abordou esta questão dizendo que "é importante destacar que tais células não são componentes de vacinas; são somente utilizadas em testes para criar a proteína produzida por elas ou o vírus replicado nelas – vírus que sai da célula, fica no meio da cultura e é então coletado e purificado para a fórmula da vacina".

Ou seja, não há componentes de origem humana presentes na vacina final, que é aplicada no nosso braço. Basicamente, as células replicadas são utilizadas para cultivar os vírus que a vacina vai destruir. Outro ponto que vale esclarecer é que nenhum daqueles fetos foi abortado para que as vacinas fossem produzidas, os cientistas apenas se aproveitaram de uma situação que era inevitável.

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Para se informar melhor sobre o assunto, o Instituto Butantan publicou este texto explicando a questão.

Mais um dia de Brasil, mais um dia tendo que explicar o óbvio.

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