Professor Jubilut acusa prefeitura de Manaus de cobrar propina

Para agilizar a liberação do alvará para a realização da aula era preciso "molhar a mão" de algumas pessoas, disse o professor.

No último sábado (5) o professor Jubilut, que viaja o Brasil ministrando aulas de biologia, disse que cancelou a ida para Manaus (AM) porque "a prefeitura cobrou propina para liberar o evento".

"Eles disseram que demoravam 4 meses para liberar o evento, mas se eu pagasse algumas pessoas eles liberariam na hora. Brasil!!!", escreveu o professor.

Jubilut mantém uma página no Facebook com mais de 2,7 milhões de seguidores, onde posta diariamente conteúdo sobre biologia e fotos das aulas que dá pelo Brasil.

A prefeitura de Manaus postou um texto sobre o assunto no Facebook, me que diz que ficou muito triste com o fato e que "mais informações foram pedidas para realizarmos as investigações necessárias".

      

A prefeitura ainda disse no post que "provavelmente por algum problema do Facebook, nossas publicações têm sumido da página do professor, assim como também sumiu o post em que tinha sido feita a denúncia".

Mais tarde o professor Jubilut disse que apagou os comentários da prefeitura em sua página e a postagem onde a confusão começou.

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Alguns seguidores do Jubilut cobraram maiores explicações do professor e o assunto saiu em diversos veículos de imprensa locais.

O próprio prefeito também fez um post sobre o assunto, em que chama Jubilut de "irresponsável e inconsequente". Reclamou que o professor não respondeu as tentativas de contato da prefeitura e que ele "se encolheu como um jabuti".

      

"Não aceito que, em qualquer circunstância, quem quer que seja tente tisnar minha história, a instituição que gerencio ou a cidade que tenho a honra de governar. Levo a vida a sério e me levo muito a sério", postou o prefeito. "Da interpelação judicial sei que não escapará".

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Na noite de quarta-feira (9) o professor decidiu fazer um vídeo para comentar a questão. Reafirmou que pediram propina para que a palestra dele pudesse ser realizada na cidade e classificou as palavras do prefeito de "infelizes".

Jubilut disse que chegou a sofrer ameaças pela e explicou que apagou o post original em que havia feito a denúncia porque "a prefeitura postou umas 30 mensagens e trouxe pessoas agressivas para a página."

O professor detalhou como teria acontecido o pedido de propina. "Era necessário ter uma empresa em Manaus para organizar a palestra, que demoraria quatro meses para ficar pronta. Nos foi informado que se 'molhássemos a mão' de alguém na prefeitura esse alvará seria liberado rapidamente. Então desistimos de fazer o evento em Manaus", explicou.

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