O ranking das mulheres mais poderosas de "Império"

No começo, Du era apenas uma escada ruiva-cosplay para amigo Lucas (Daniel Rocha). Mas ela cortou um dobrado para conquistar o homem da sua vida e se fazer respeitar, fazendo Lucas esquecer Ísis (Marina Ruy Barbosa) de vez. No fim, se casou, virou mãe e conseguiu o respeito até da imperatriz Maria Marta (Lília Cabral).

Helena foi uma personagem tímida na novela, mas poderosa. Afinal, ela passou de mera assistente do buffet de Cláudio (Zé Mayer) à heroína da vida do *difícil* Salvador (Paulo Vilhena) e responsável pela derrocada da vilã caricata Carmen. O amor e a integridade de sua personagem a fizeram crescer inesperadamente.

Ainda não entendemos como tudo isso aconteceu mesmo, mas o poder de Helena é um fato.

Naná mostrou que é muito mulher e foi a grande parceira de Shana (Ailton Graça) na hora de cuidar da vida da vizinhança e apoiar a amiga Cristina (Leandra Leal). Ela mostrou que parceria é tudo quando começou a visitar o menino Luciano no orfanato só porque sabia que Shana o amava. Naná também nos ensina que o amor é algo complexo e que você pode ter um casamento triplo sim, se quiser.

(Ainda que eu acredite que ela deveria ter casado apenas com Shana).

Amanda voltou do exterior para a família imperial com o propósito baixo de reconquistar o primo José Pedro (Caio Blat) em troca do dinheiro oferecido por sua tia Maria Marta. Com o passar do tempo, ela mostrou que tem muito mais caráter e coração do que podíamos imaginar, salvando o amigo Léo (Klebber Toledo) da pior - ainda que esta relação tenha ficado meio confusa às vezes, além de apoiar a tia com todo amor e colocar Zé Pedro no seu devido lugar nos seus dias mais insuportáveis.

A moça que no começo vivia para cima e para baixo de babydoll tentando engravidar do Comendador Zé Alfredo (Alexandre Nero), como mandava a mamãe 171, descobriu a custa de muito sofrimento que precisava cuidar da própria vida. E assim, procurou um emprego e mostrou para o Comendador que a vida dela não se resume a ele.

Ainda falta ser menos chatinha e talvez ter mais atitude? Falta sim. Mas Maria Isís amadureceu, temos que admitir.

Juju Popular levou um choque ao descobrir que o marido Orville (Paulo Rocha) era um enorme de um trambiqueiro, acabou na rua com o filho e ainda por cima descobriu que o safado a traía com a advogada chave de cadeia Carmen.

Porém, feminista e poderosa, ela deu a volta por cima conseguindo pagar suas contas, encontrou um cara que realmente a ama e ainda recuperou o posto de Rainha de Bateria da Unidos de Santa Teresa com base em exercícios com pacote de feijão, arrasando no carnaval.

Complete a frase: S_MBO_ NA _A_R_ DA S_CI_DADE.

Beatriz foi uma personagem que deu nó na cabeça de muita gente. Ela foi ao mesmo tempo mãezona, amiga e muito mulher sempre. Desde o começo, ela lidou da melhor forma possível com a traição do marido Cláudio com Léo e foi justa e sensível quando percebeu que o amante do marido estava realmente na pior.

Ela também não passou a mão na cabeça do filho Enrico (Joaquim Lopes) quando ele passou por aquela horrível fase homofóbica. Por fim, ela foi muito mulher tratando de cuidar de si mesma - e até indo atrás de um novo par - sem ancorar sua felicidade no casamento, ainda que ela saiba que o marido a ama muito.

QUE MULHEEER.

Vilã sim, assassina sim e passou a novela inteira correndo atrás de um homem, sim. Apesar disso, Cora era poderosa a ponto de manipular a trama inteira ao seu favor.

A Cora 1, interpretada por Drica Moraes antes da atriz ter que deixar a novela por motivos de saúde, era uma personagem complexa, a ponto de despertar medo e ódio em alguns momentos e muita risada em outros. Sua energia parecia não acabar nunca. Ela conseguia cuidar da vida de todo mundo da vizinhança e da sobrinha Cristina que, se não fosse por ela, não teria conhecido o Comendador, nem o amor e a parceria de sucesso com o pai na Império.

Quando Marjorie Estiano substituiu Drica Moraes, a Cora já estava bem doida pelo Zé Alfredo, mas a partir deste ponto ela começou a ficar mais sentimental. Continuou muito doida, ainda assim. Mas ela foi a responsável por Marta e toda a sua família saberem que o Comendador estava vivo. Ela zelou enlouquecidamente pela integridade do seu amado, ao ponto de dar sua própria vida para salvá-lo. Saudades, Cora.

Maria Clara começou a novela como o braço direito do Comendador, mas seus ciúmes da irmã-postiça Cris a deixaram passional demais, tornando-se uma mulher competitiva e ambiciosa, ao ponto de tentar roubar o grande amor da nova irmã. Mas Maria Clara nunca deixou de lutar pela família com unhas e dentes e foi justa condenando a atitude do próprio irmão Zé Pedro quando descobriu que ele havia roubado os diamantes dos herdeiros.

Por muitas vezes, Maria Clara era responsável por quebrar o ritmo da casa imperial, provocando todo mundo indiscriminadamente, até a poderosa Maria Marta. No final, ela protagonizou a melhor história de regeneração da novela ao passar por cima do seu orgulho, deixando o caminho aberto para sua irmã-postiça viver seu verdadeiro amor.

Maria Clara é um retrato do ser humano. Fora os looks, que foram os melhores da novela.

O codinome de Maria Marta é bafão e sofrimento, mas ela nunca perdeu a força e a pose. Maria Marta tem filhos muitos diferentes entre si e que sempre dão trabalho, descobriu a traição do marido com a novinha, foi vítima do golpe do bonitão Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) quando quis dar o troco e teve que lidar com o peso deste erro, que quase arruinou a vida de todos.

Ainda assim, ela não desistiu de lutar pelo marido e pela reconstrução da sua família. No fim, ainda teve de lidar com a traição do fiel escudeiro Silviano (Othon Bastos) e do filho Zé Pedro, e assumiu toda a culpa por isso. O que não é fácil, vamos reconhecer. Mas sabemos que ela fez tudo isso querendo o melhor para a sua família e pelo seu grande amor.

Lorraine está o tempo todo tentando se dar bem porque ela sabe que em suas condições a prioridade é sobreviver e tem aprendido muitas lições com a vida, num processo de degeneração e regenaração constante. Ela é teimosa, atrevida, corajosa e topou dar um basta nos truques quando viu que realmente poderia perder seu grande amor Ismael (Jonas Torres).

Acima de qualquer coisa, a vida de Lorraine não se resume a ela própria. Mas sim a tudo o que acontece na novela. Toda confusão que levou a um novo desdobramento tinha Lorraine no meio. Desde o roubo do anel de Maria Marta até a descoberta da identidade de Fabrício Melgaço, que ele revelou ao Comendador. Cada passo de Lorraine nesta novela foi inesquecível e impactante como um Efeito Borboleta.

A vida exigiu muito de Cris, que perdeu a mãe quando era muito jovem e teve de conviver com uma tia psicopata e SEMPRE tinha um desafio para dar conta: fazer o negócio no camelódromo funcionar enquanto terminava a faculdade, lidar com a prisão do irmão, fugir do namorado agressivo, descobrir que seu pai é um cara muito difícil, entrar para a família ricaça, lidar com toda a pressão dos novos irmãos que queriam comê-la viva, perder seu grande amor para a irmã... Cris deve estar exausta uma hora dessas.

Ninguém mais do que ela nesta novela aguentaria ter passado por tudo isto e ainda sofrer preconceito por sua origem humilde. Ela mudou de vida sim, mas por mérito próprio, e ninguém nunca abalou suas convicções.

E AINDA É GATA DEMAIS.