5 coisas que você precisa saber sobre os indígenas brasileiros

Listamos fatos importantes para exaltar os povos que são o berço da nossa cultura

Abril é o mês da visibilidade indígena. Mas afinal, o quanto aprendemos sobre os indígenas brasileiros durante a nossa vida? Para todo caso, separamos fatos importantes e livros que vão aprofundar os seus conhecimentos sobre esses povos, que estão aqui há MUITOS ANOS! Vamos lá?

1. A eleição municipal de 2020 elegeu o maior número de indígenas, na história da política brasileira. 

Mário Juruna/ Reprodução Google

Na ocasião, os indígenas obtiveram 213 cadeiras nas Câmaras Municipais, 10 prefeituras e 11 postos de vice. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a conquista representa um aumento de 17%, em relação à última eleição, em 2016.

Vale lembrar que Mário Juruna abriu esse caminho, quando foi eleito Deputado Federal, pelo Rio de Janeiro, na década de 80. O Cacique Juruna teve seu primeiro contato com o homem branco em 1958 e sua trajetória política foi fundamentada na luta em defesa das terras e do povo indígena.


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2. Comunidades indígenas são líderes na proteção do meio ambiente

Os territórios indígenas, quando preservados, impedem o avanço dos desmatamentos e queimadas. Além disso, muitos índios dependem das florestas para sua subsistência. Segundo a ONU, no mundo todo são quase 70 milhões de homens e mulheres indígenas que vivem de subsídios da floresta ou como agricultores, caçadores e pastores. 


3. No Brasil há cerca de 305 etnias indígenas diferentes!

Segundo dados do IBGE, extraídos do último censo,  realizado em 2010, são cerca de 820 mil indígenas brasileiros. Juntos eles formam mais de 305 etnias diferentes, com uma variedade de mais de 180 línguas. 

Porém, a Funai estima que o número da população indigena no Brasil seja bem inferior, por considerar como índio apenas aqueles que vivem em reservas, com isso, a quantidade cai para aproximadamente 358 mil.


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4. Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: um grande evento esportivo!

Abertura Jogos Mundiais dos Povos Indígenas/ Reprodução Agência Brasil

Os jogos já eram uma disputa entre tribos indígenas brasileiras, desde 1996. Porém, em 2015, o Brasil resolveu criar e sediar os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Naquele ano participaram  23 etnias nacionais e povos de 24 países, somando mais de 2 mil atletas. 

O evento tinha como mascote o indiozinho Kallyhute, que na língua aruaque significa humano de pequena estatura. Ele é a representação das crianças guerreiras, trazendo aos jogos a pureza e dádiva que elas são para uma aldeia.

Foram disputadas 16 modalidades, entre elas: arremesso de lança, canoagem, corrida com tora, natação e arco e flecha. Além de jogos de demonstração, como o Jikunahati ~ Um jogo com regras similares ao futebol, porém os atletas só podem usar a cabeça.

5. Daniel Munduruku, Ailton Krenak, Kaká Werá, Eliane Potiguara e Yaguarê Yamã: importantes intelectuais e estudiosos de origem indígena. 

Ailton Krenak/ Reprodução Google

Se você ainda não conhece esses nomes, tá na hora de aprender sobre eles. 

Daniel Munduruku é escritor e professor, já publicou diversos livros infantis sobre a cultura indígena e foi segundo colocado no Prêmio Jabuti, em 2017. Daniel pertence à etnia indígena Munduruku. 

Ailton Krenak é  líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro e tem diversas publicações em seu nome. Ele pertence à etnia indígena crenaque. 

Kaká Werá Jecupé é escritor, ambientalista e conferencista brasileiro indígena do povo tapuia, ele tem sete livros publicados. 

Eliane Potiguara é professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Além disso , é fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas e foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz". 

Yaguarê Yamã é escritor, ilustrador, professor, geógrafo e artista plástico indígena. Nascido no Amazonas, ele é do povo Maraguá. Ele tem mais de 10 publicações em seu nome.

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6. EXTRA: Você é descendente de indígenas! Então, que tal conhecer mais sobre a nossa própria história com esses livros sobre a cultura indígena?

A vida não é útil  - Ailton Krenak 

"Em reflexões provocadas pela pandemia de covid-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade", à venda a partir de R$ 22,43, cada.


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O Karaíba: Uma História do pré-Brasil - Daniel Munduruku

"Antes da chegada dos colonizadores europeus, os habitantes do Brasil eram organizados, tinham sua vida estruturada e tiravam proveito da exuberante natureza que os cercava. Nessa narrativa cheia de aventura, poderemos imaginar um pouco sobre quais eram seus amores, seus dramas e suas ansiedades em relação ao futuro", à venda a partir de R$37,79, cada.

A queda do céu - Davi Kopenawa e Bruce Albert

"Um grande xamã e porta-voz dos Yanomami oferece neste livro um relato excepcional, ao mesmo tempo testemunho autobiográfico, manifesto xamânico e libelo contra a destruição da floresta Amazônica. Recheada de visões xamânicas e meditações etnográficas sobre os brancos, esta obra não é apenas uma porta de entrada para um universo complexo e revelador. É uma ferramenta crítica poderosa para questionar a noção de progresso e desenvolvimento defendida por aqueles que os Yanomami - com intuição profética e precisão sociológica - chamam de "povo da mercadoria", à venda a partir de R$53,90, cada. 


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Kurumi Guaré no Coração da Amazônia - Yaguarê Yamã

"À beira do paraná do Urariá, o pequeno Yaguarê Yamã aprende a viver em contato com a natureza exuberante, intocada, preservada. Singra lagos e ygarapés sob as copas da mata alagada, escapa de bichos nos ygapós, percebe os espíritos da floresta, vê homens lutando com animais gigantescos.

As histórias que ouve dão medo na hora de dormir, mas o kurumi segue as tradições de seu povo, enfrenta o ritual da tukãdera e vai crescendo em tamanho e sabedoria", à venda a partir de R$49,00, cada.

Nós: Uma antologia de literatura indígena - Vários Autores

"Tratando dos mais diversos temas ― dos mitos de origem às histórias de amor impossível ―, as narrativas conduzem o leitor por situações e desenlaces muito próprios, sempre acompanhadas por um glossário e um texto informativo sobre o povo indígena de origem de cada autor. Esta é uma chance preciosa para todos aqueles que desejam entrar em contato com as raízes mais profundas de nossa cultura, ainda pouco valorizadas e respeitadas, por puro desconhecimento", à venda a partir de R$34,90, cada. 


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A terra dos mil povos: História Indígena do Brasil Contada por um índio - Kaká Werá Jecupé 

"O Brasil é a terra dos mil povos, o seio que abrigou os filhos de muitas terras estrangeiras e que alimentou, com amor de mãe genuína, os milhares de povos indígenas que aqui habitavam há cerca de 15 mil anos. Quem eram e o que pensavam os primeiros habitantes desta terra?", à venda a partir de R$38,40, cada.

O Pássaro Encantado - Eliane Potiguara

"Os avós são figuras muito importantes para os povos indígenas. Trazem os costumes, as memórias e os ensinamentos para a vida. Nesse livro, Eliane Potiguara nos conta sobre essa figura poderosa e mágica, a avó, que traz as histórias vivas dentro de si. Aline Abreu, com suas ilustrações, nos carrega para esse tempo de magia", à venda a partir de R$33,60, cada. 


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Sehaypóri: O livro sagrado do povo Saterê-Mawé - Yaguarê Yamã

"Sehaypóri: O livro sagrado do povo Saterê-Mawé é, como diz o autor, uma homenagem aos pajés de sua nação, que buscam no espírito natural a resposta para as dúvidas da alma. Como seus antepassados, Yaguarê narra as memórias de sua gente para preservar a tradição de uma geração para outra. As lendas e fábulas de animais aqui reunidas ensinam a origem das coisas, apresentando ao leitor a cultura e o imaginário deste grupo", à venda a partir de R$34,11, cada.


Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil - Eduardo de Almeida Navarro 

"Língua das obras de José de Anchieta e do padre Antônio Vieira, o Tupi antigo forma as raízes das culturas cabocla, sertaneja e caipira. Descreve: 9.218 vocábulos do Tupi antigo, com definições precisas e abonações de textos quinhentistas e seiscentistas disponíveis; vocabulário português-tupi, com 1.230 verbetes; relação de topônimos e antropônimos com origem no tupi antigo, no Nheengatu, com 2.237 verbetes. O prefácio é de Ariano Suassuna", à venda a partir de R$39,50, cada.

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Fontes: Funai; Brasil Escola; ONU; IBGE. 

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