Léo tatuou o último bilhete que a avó escreveu para ele antes de morrer

Ela não vai mais voltar meio-dia. Mas ele nunca vai esquecer.

Esta é a dona Neiva, avó do Léo. A dona Neiva foi escrivã da Polícia Civil em São Leopoldo (RS). Também era presidente e fundadora de um grupo de escoteiros.

O Léo é skatista e nasceu quando a mãe dele tinha 14 anos, então foi a dona Neiva quem criou o neto.

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No comecinho de julho de 2012, a dona Neiva deixou um bilhete pro Léo e foi ao banco. Passou mal na agência e, poucos dias depois, morreu no hospital. Este ano, quando encontrou o bilhete, Léo não teve dúvidas.

Em entrevista ao BuzzFeed Brasil, Léo falou sobre como a relação dele com a avó era diferente. "Ela era uma mulher incrível", resumiu.

Léo passou todos os dias ao lado dela no hospital. "Na última noite, ela conversava comigo dizendo que iria partir, que havia concluído sua missão neste plano. Foi total despedida mesmo", ele disse.

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Quando o Léo chegou no estúdio do tatuador Tiago Lopes perguntando se ele podia tatuar aquele bilhete, o Tiago botou uma condição: ele fazia questão de fazer a tatuagem de graça.

"A tattoo nem doeu", contou Léo. "Eu estava amarradão e emocionado, e o Tiago mais ainda". Os dois conversaram, bebemoraram à memória da dona Neiva e se emocionaram juntos.

Há alguns dias, o tatuador postou no Instagram esta mensagem que ele recebeu graças à tatuagem feita em Léo.

"Esse tipo de mensagem não há dinheiro que pague, a minha satisfação como profissional foi tão grande que nem sei explicar! Eu achava que tinha noção dos acontecimentos, mas vi que posso me surpreender a qualquer momento!", escreveu o tatuador.

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Além de gostar de trocar bilhetes, Léo e a avó também compartilhavam outra paixão que o neto manteve: o Inter.

Dona Neiva era torcedora fanática do clube. Tanto que antes de morrer fez dois pedidos especiais: ela queria um bandeirão do Inter sobre o caixão e que um pouco de suas cinzas fossem depositadas no Beira Rio. Léo atendeu aos dois. "Até brinco que ela viu o Messi jogar a Copa aqui no Brasil, em Porto Alegre, e eu não", contou ele – com um humor quem sabe herdado, entre tantas outras coisas, também da avó.

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