Barbosa na Copa de 50, Vini Jr. e o racismo no futebol

Goleiro da seleção brasileira, Moacyr Barbosa Nascimento carregou até o fim da vida a culpa por ter levado um gol.

No dia 16 de Julho de 1950 o Brasil parava para acompanhar a final da Copa do Mundo entre a seleção brasileira e uruguaia. 

No Maracanã, quase 200.000 pessoas acompanhavam a partida no que ficou popularmente conhecido como Maracanaço.

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Dentro do contexto mundial, a escolha do Brasil para sediar a copa se dava muito pelo fato de no período pós-guerra, muitos países ainda viviam em conflitos geopolíticos e passavam por reestruturações.

Na seleção, o goleiro Moacyr Barbosa do Nascimento era destaque pelo seu empenho junto a seleção nas outras partidas da copa e no Vasco, na qual também era goleiro titular. 

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Naquele dia, Babosa levou o gol que deu vitória para a seleção uruguaia. Após a derrota, Moacyr sofreu duras críticas da imprensa e da opinião pública, que direcionou a derrota brasileira ao goleiro - e na maioria das vezes essas críticas vinham carregadas de discursos racistas.

O humorista Chico Anysio chegou a dar uma declaração dizendo: “não tenho confiança em goleiro negro”.

As duras críticas que Barbosa sofreu, e carregou até o fim da vida, fazem parte do pensamento enraizado na sociedade brasileira de que o negro não é confiável.

Acontecimentos racistas em estádios de futebol pelo Brasil e pelo mundo se tornaram cada vez mais corriqueiros e cotidianos.

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Como os casos que envolvem os jogadores Aranha, Tinga e muitos outros. 

Em 2014, durante a partida Grêmio e Santos, o goleiro Aranha ouviu insultos racistas ditos por torcedores do tricolor gaúcho.

Os insultos que Vinícius Júnior escutou durante a partida entre Real Madrid e Valência não foram os primeiros - mas precisam ser os últimos.

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O caso reverberou em âmbito nacional e internacional, que exige e pressiona a execução de medidas de combate ao racismo na La Liga urgentemente e punição aos devidos responsáveis. 

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