Aqui estão 7 coisas malucas ​​​​de "Inventando Anna" que aconteceram na vida real e 6 coisas que foram inventadas para a série

A verdade é quase mais estranha que a ficção.

Por mais que a série "Inventando Anna" seja baseada em uma história real, cada episódio do sucesso da Netflix começa com a frase: "Esta é uma história totalmente verídica, exceto pelas partes que foram completamente inventadas".

A girl saying Anna Delvey's a masterpiece, bitches
A girl saying Anna Delvey's a masterpiece, bitches

Netflix / Via giphy.com

Caso você não esteja acompanhando, a série conta a história da lendária Anna Delvey, que fingiu ser uma herdeira alemã com mais de US$60 milhões em contas bancárias no exterior. Delvey (cujo sobrenome verdadeiro é Sorokin) marcou a cena social de Nova York e conseguiu enganar empresas para que lhe emprestassem enormes quantias de dinheiro –Anna acabou sendo descoberta.

A série é baseada na matéria de 2018 escrita por Jessica Pressler para "The Cut" e, embora tenha muitos detalhes da vida real, a roteirista Shonda Rhimes adotou algumas liberdades criativas ao contar a história de Anna.

A newspaper with the the headline "Maybe She Had So Much Money She Just Lost Track of It" with a woman's face pictured next to the words
A newspaper with the the headline "Maybe She Had So Much Money She Just Lost Track of It" with a woman's face pictured next to the words

AARON EPSTEIN/NETFLIX

Publicidade

Separamos as histórias verídicas e as fictícias e, sendo bem sincero, você se surpreenderá:

Spoilers gigantescos a seguir, então se você ainda não terminou a série, cuidado!

1. Fato: Sim, Anna realmente roubou um jatinho.

A red headed woman with a man holding an umbrella over her head boarding a jet
A red headed woman with a man holding an umbrella over her head boarding a jet

NICOLE RIVELLI/NETFLIX

Se você terminou a série, deve se lembrar que Anna (interpretada por Julia Garner) "rouba" um jatinho particular para levá-la à conferência anual do bilionário Warren Buffet, realizada em Omaha, Nebraska – ela nunca pagou. Por mais doido que pareça, isso realmente aconteceu! Anna e Rob Wiesenthal, CEO da Blade, uma empresa que fretava jatinhos particulares e helicópteros, tinham círculos sociais em comum. Quando Anna fretou um jatinho particular de US$35.000 de Nova Jersey para Omaha, Wiesenthal não ligou muito. Anna enviou à empresa uma confirmação de transferência eletrônica falsificada, e o pagamento obviamente nunca chegou. “Nós já deixamos algumas pessoas atrasarem, francamente, e elas pagaram”, Kathleen McCormack, CFO de "Blade" deu seu depoimento durante o julgamento de Anna. Como Wiesenthal conhecia Anna socialmente e as pessoas com quem ela andava, "sentimos que ela era iria mesmo pagar, então reservamos o voo para ela".

Publicidade

2. Ficção: O namorado de Anna, Chase Sikorski, tecnicamente não é uma pessoa real.

A man and a woman lounging on beach chairs
A man and a woman lounging on beach chairs

Netflix / Via giphy.com

Por mais que a matéria original da revista diga que Anna tinha sim um namorado, seu nome nunca é mencionado. Em vez disso, ele é chamado de "um futurista no circuito de TED-Talks com um perfil no 'The New Yorker'". Na verdade, Chase Sikorski (Saamer Usmani) é um personagem completamente inventado.

Semana passada, Anna compartilhou em seus stories do Instagram que contaria o nome de seu ex-namorado por US$10.000, mas seus amigos foram mais rápidos e revelaram que Anna costumava namorar Hunter Lee Soik, um empresário de tecnologia. “Hunter é a pessoa que colocou ela na cena”, disse uma fonte ao "Page Six". “Ele é uma pessoa mundialmente conhecida. Ninguém sabia o que ele fazia, mas ele estava sempre dando conselhos sobre como crescer profissionalmente.”

3. Fato: Vivian Kent (aka Jessica Pressler) estava grávida quando escreveu a reportagem.

A woman in a black dress posing on the red carpet
A woman in a black dress posing on the red carpet

Frazer Harrison / Getty Images

Jessica Pressler, a jornalista na qual a personagem de Vivian Kent (interpretada por Anna Chlumsky) foi baseada, estava realmente grávida enquanto escrevia sua matéria, mas não foi tão intenso quanto a série fez parecer. Em vez de entregar a história durante o trabalho de parto, Pressler apresentou seu rascunho quando ainda estava grávida de oito meses.

“Não foi com uma toalha no chão do escritório, mas eles me disseram que a personagem estaria sim grávida”, disse Pressler ao "Vulture". "Acho que Shonda gostou da ideia de uma personagem estar grávida, e foi interessante mostrar que você pode viver sua vida enquanto espera um bebê."

Publicidade

4. Ficção: O quarto do bebê de Pressler não era repleto de fotos de Anna.

A yellow wall full of photos with yarn connecting them like a web
A yellow wall full of photos with yarn connecting them like a web

DAVID GIESBRECHT/NETFLIX

Mesmo que a "parede de assassinatos" tenha sido um belo toque visual para a série, Pressler disse que ela não colocou fotos de Anna e seus amigos no quarto de seu bebê. Em vez disso, ela acompanhou todas as pessoas envolvidas de uma maneira muito mais tecnológica. "Para ser clara, não havia uma 'parede de assassinatos'. Eu tinha uma planilha. Mas isso não é muito visual. Teria que se chamar 'Google Docs: A Série'", ela brincou para "Vulture".

5. Fato: Anna realmente conhecia Billy MacFarland (famoso no Fyre Festival) e o "Pharma Bro", Martin Shkreli.

Two white men
Two white men

Getty Images

Faz sentido que um monte de golpistas condenados fossem amigos, certo?

Anna realmente ficou hospedada com Billy MacFarland enquanto ele planejava o Fyre Festival, que foi um desastre. Sorokin morou por quatro meses em 2013 na sede da Magnises, a antiga empresa de cartão de crédito de MacFarland. Em uma reviravolta que é a cara de Anna, ela pediu para ficar por alguns dias como um favor e acabou morando na sede por meses sem pagar aluguel.“Ela tinha bolsas e roupas da Balenciaga por todos os cantos”, disse uma fonte anônima ao "Page Six" em 2018. “A empresa acabou se mudando para outro prédio. Só assim eles conseguiram fazer ela ir embora! Ela estava lá há quatro meses!”

Você também deve se lembrar do personagem durante o jantar que apresentou faixas inéditas de Lil Wayne para o grupo. Ele é uma pessoa real da qual Anna era amiga. Martin Shkreli, também conhecido como "Pharma Bro", está atualmente na prisão por fraude depois de fazer o preço de um medicamento anti-malária (que também era usado para tratar o HIV) disparar em mais de 4.000%. E quanto às músicas de Lil Wayne? De acordo com a amiga de Anna, Neff Davis, que estava na festa, Shkreli tocou o álbum quase seis meses antes do lançamento. Neff disse que quando ela tuitou sobre ouvir o álbum, Anna ficou brava com ela. "Eu queria que todos soubessem que eu ouvi o álbum que o mundo estava esperando! Mas Anna ficou muito brava", ela contou a Pressler. "Ela não falou comigo por tipo três dias."

Publicidade

6. Ficção: Anna não recebeu nenhum tratamento especial na prisão durante suas entrevistas.

Two women having a conversation in prison
Two women having a conversation in prison

NICOLE RIVELLI/NETFLIX

A série mostra Anna frequentemente pressionando Vivian para obter um quarto privado e tratamento especial. Uma vez que Vivian atende ao pedido de Anna, elas acabam em uma sala privada, com chá e cadeiras mais confortáveis.

A própria Sorokin desmascarou isso, dizendo ao "New York Times" que "definitivamente não havia chá" em Rikers. Ela acrescentou que, quando foi enviada para a prisão no norte do estado de Nova York, havia uma máquina de café somente que somente os visitantes podiam usar. Ela fez questão de esclarecer que "não são xícaras de porcelana", então esse detalhe foi apenas um pouco da magia da Televisão.

Pressler também disse que nunca levou roupas íntimas para Anna enquanto estava na prisão, como vemos na série.


7. Fato: Jessica Pressler emprestou roupas para o julgamento de Anna.

Timothy A. Clary / AFP via Getty Images

Embora Pressler não tenha realmente acompanhado o julgamento, ela emprestou roupas para Anna ir ao tribunal, conforme retratado na série.

Na série, Vivian fica dividida com a decisão de emprestar roupas para Anna quando seu marido questiona o quão investida ela está no caso. Pressler disse que a situação real não foi tão emocionalmente pesada.

"Foi mais tipo uma sequência maluca de acontecimentos", disse Pressler. Conforme discutido na série, os réus devem usar roupas civis durante o julgamento. Depois de uma série de problemas com a aprovação das roupas pelo tribunal e a recusa de Anna em usar algumas das roupas, o advogado de Anna, Todd Spodek (interpretado por Arian Moayed) pediu a Pressler que fosse à H&M para comprar um look novo para Anna.

"Isso meio que me colocou na função de ajudar sempre que havia um 'problema com seu guarda-roupa', como o promotor disse", Pressler contou. "Eu emprestei um dos meus vestidos, mas era preto. Eu não senti que era um problema. Eu pensei, 'Isto será uma história engraçada um dia.'"

Publicidade

8. Ficção: Jessica Pressler não tentou invadir a casa da família de Anna na Alemanha, embora ela tenha visitado para uma pesquisa.

A journalist with her pen and notebook out
A journalist with her pen and notebook out

DAVID GIESBRECHT/NETFLIX

Jessica Pressler foi à Alemanha para descobrir a verdade sobre a vida familiar de Anna, mas ela não bisbilhotou as janelas da família de Anna como Vivian Kent faz na série.

Pressler disse que decidiu ir para descobrir a verdade depois de ouvir tantas histórias diferentes sobre o passado de Anna. “Havia muitas teorias da conspiração acontecendo, e comecei a ter tanto material que pensei em fazer algum tipo de livro”, ela disse à "Vulture". "Então eu fui, mas não foi bem assim. Foi bem mais divertido."

O livro de Pressler, "Bad Influence: Money, Lies, Power, and the World that Created Anna Delvey", está programado para ser lançado nos EUA em junho.

9. Fato: Rachel DeLoache Williams ajudou a polícia a encontrar Anna, conseguiu que a American Express deixasse as acusações de lado e acabou conseguindo um contrato de seis dígitos para seu livro.

Astrid Stawiarz / Getty Images, Simon & Schuster

Rachel DeLoache Williams (Katie Lowes), a assistente de fotografia da "Vanity Fair" que acabou com uma dívida de US$62.000 depois de ir ao Marrocos com Anna, não só ajudou a polícia a prender Anna, como também convenceu a American Express a desconsiderar sua dívidas e conseguiu um contrato para um livro.

Depois de enfrentar graves consequências em seu trabalho depois de usar seu cartão de crédito da empresa para resgatar seu grupo no Marrocos, Williams estava farta de toda a situação e ajudou a levar a polícia até Anna, que estava hospedada em Passages, uma clínica de reabilitação em Malibu. Posteriormente, ela testemunhou contra Anna, e aquela cena em que o advogado de Anna, Todd Spodek, a faz chorar? Isso realmente aconteceu, mas aparentemente durou muito mais tempo do que o série retrata.

A American Express finalmente perdoou sua dívida depois de saber das circunstâncias de Williams. Williams assinou um contrato de US$300.000 com a Simon & Schuster para contar seu lado da história. O livro, "My Friend Anna", foi publicado em 2019.

Ao contrário de alguns dos outros amigos de Anna, Williams não se envolveu na produção da série. Na verdade, ela não gosta nem um pouquinho, e falou um monte sobre como acha que a série é tóxica, acusando a Netflix de “divulgar uma golpista”.

Publicidade

10. Ficção: Os editores de Pressler não foram tão teimosos ao permitir que ela escrevesse a história.

A woman reading a paper saying I might have a story
A woman reading a paper saying I might have a story

Netflix / Via giphy.com

Pressler admite que, apesar de escrever uma longa matéria sobre Anna, que na época era conhecida apenas pela elite de Nova York, a reação de seus editores não foi tão extrema quanto na série. "Não era comum fazer uma história de 8.000 palavras sobre alguém que não fosse famoso. Até pode ser agora. Eles queriam que eu escrevesse uma história de Wall Street, e eu reagi exatamente dessa maneira - embora não tão articuladamente. Eu tive que vender a história, mas definitivamente não foi igual na série."

Assim como Vivian em "Inventando Anna", Pressler tentando se recuperar de um erro anterior no trabalho. Em uma lista de "Razões para amar Nova York", Pressler entrevistou um aluno do último ano do ensino médio que alegou ter ganhado US$72 milhões na bolsa. Isso acabou sendo uma farsa, e Pressler perdeu uma oferta de emprego da Bloomberg News.

11. Fato: Neff Davis defende Anna até hoje.

A red haired woman and a Black woman posing for a picture
A red haired woman and a Black woman posing for a picture

AARON EPSTEIN/NETFLIX

“Anna é minha amiga e sempre será”, disse Neff Davis, que foi interpretada por Alexis Floyd na série. “Nós já nos bloqueamos e desbloqueamos nas redes sociais, já choramos e rimos.”

Na verdade, Davis trabalhou como consultora em "Inventando Anna", uma oportunidade que ela disse à Vanity Fair que permitiu que seus sonhos de se tornar uma cineasta finalmente se concretizassem. Davis disse que, embora permaneça leal a Anna, ela está pronta para deixar este capítulo de sua vida para trás.

"Eu meio que apertei a mão de Anna e fiquei tipo, 'Ok, eu vou seguir este caminho e você vai seguir aquele. Eu ainda te amo à distância, mas é hora de fazer Neff feliz", ela disse. "E não me sinto culpada porque ser amiga de Anna trouxe muito estresse para minha vida. Então, além do botox, preciso desse tempo para relaxar e me desconectar da loucura que é Anna Delvey."

Publicidade

12. Ficção: Jessica Pressler não ajudou o advogado de Anna, Todd Spodek, durante o caso, mas eles se conhecem.

A man in a crowded office talking to a woman
A man in a crowded office talking to a woman

DAVID GIESBRECHT/NETFLIX

A série retrata Vivian Kent ajudando Todd Spodek com o caso, auxiliando com as caixas de materiais de descoberta do escritório do promotor público, Spodek alega que nenhum jornalista o ajudou de forma alguma enquanto se preparava para o julgamento.

No entanto, Pressler e Spodek realmente se conhecem, e até saíram para jantar com seus agregados, assim como na série.

"Tive uma conversa com a verdadeira esposa de Todd Spodek recentemente", disse Pressler à Vulture. "Eu disse a ela que tem coisas que são verdadeiras, mas há uma cena em que todos nós vamos jantar e falamos sobre Anna o tempo todo e a esposa de Todd e o marido de Vivian ficam revirando os olhos, e obviamente isso nunca aconteceu. Ao que ela respondeu: 'Aconteceu sim, mas o restaurante era diferente!'".

13. Fato: Julia Garner acertou em cheio no sotaque de Anna, e até a própria Anna parabenizou Garner.

Julia Garner as Anna, taking off a pair of sunglasses
Julia Garner as Anna, taking off a pair of sunglasses

Netflix / Via giphy.com

Muito da preparação de Julia Garner para interpretar Anna envolveu acertar o sotaque Russo/Alemão. Garner teve que aprender a sobrepor os dois sotaques. Ela contou ao BuzzFeed Americano que também se baseou na maneira como os Europeus falam inglês.

Depois de se mudar para Nova York, Anna definitivamente adquiriu alguns padrões de fala Americanos, que Garner também acrescentou ao seu dialeto.

"Eu queria que para seus amigos Europeus ela soasse Americana. E nos EUA, ela soasse Européia. É um híbrido de sotaques diferentes."

E o que Anna achou da interpretação de Garner?

“Eu não acho que está errado”, disse Sorokin ao Insider em uma entrevista recente. "Eu acho que ela meio que acerta e erra. Algumas coisas ela acerta - mas não tudo... Eu não sinto que soo assim. É como quando você se escuta na TV e não é realmente a voz que você escuta na sua cabeça quando fala."

Publicidade

Veja também