7 Provas de que Graça Foster deixou a Petrobras no buraco

Executiva renunciou ao cargo de presidente da companhia. Ainda não há substituto definido para chefiar a empresa, que passa pela pior crise da história com denúncias de corrupção, fraudes e desvios de dinheiro público.

1. A Petrobras era a empresa brasileira mais valiosa no início do ano passado; hoje ocupa a quinta posição.

O ranking é:

1. Ambev - R$ 252,89 bilhões

2. Itaú Unibanco - R$ 179,21 bilhões

3. Bradesco - R$ 147,10 bilhões

4. Vale - R$ 107,40 bilhões

5. Petrobras - R$ 106,65 bilhões

2. Graça Foster deixa a empresa como uma das mais endividadas do mundo.

Dívida da Petrobras passou de R$ 100 bilhões no início de 2012 para pouco mais de R$ 260 bilhões no final de setembro de 2014, segundo o último balanço divulgado. É a petroleira de capital aberto mais endividada do mundo.

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3. Em um dos maiores casos de corrupção do país, os crimes investigados pela operação Lava Jato desviaram ao menos R$ 2,1 bilhões.

O valor é referente somente aos crimes já denunciados. Cerca de R$ 450 milhões já foram recuperados e há R$ 200 milhões em bens de investigados que estão bloqueados pela Justiça.

4. A compra a refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, causou um prejuízo de outros R$ 2 bilhões.

Alex/eflon/Flickr

O TCU (Tribunal de contas da União) apontou um prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobras pela compra. Embora já trabalhasse na empresa, Graça ainda não era presidente da estatal mas foi incluída no relatório do TCU como uma das pessoas que poderiam ser responsabilizadas.

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5. Um número enorme de políticos está envolvido no esquema de corrupção da empresa. Ex-diretor disse que até Eduardo Campos recebia dinheiro desviado.

Entre os nomes envolvidos estão o ministro Lobão (Minas e Energia) e o recém-eleito presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A Veja diz que o ex-diretor cita como envolvidos o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo.

6. Um dos cabeças da empresa, o ex-diretor Paulo Roberto, está preso.

Ao todo, são 150 pessoas e 232 empresas sob investigação das autoridades.

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7. As fraudes em contratos da Petrobras eram tão frequentes que empresários diziam participar de um "clube" de propina.

"Clube da propina" era cartel de empreiteiras que atuava para fraudar licitações em contratos na Petrobras. O executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto afirma que que ele próprio era o representante da empresa Toyo-SOG no "clube", que seria formado, segundo ele, por Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon e MPE.

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