7 decisões de Eduardo Cunha que fazem dele o maior inimigo dos LGBT
O próprio site do presidente da Câmara diz que ele é "um dos principais e mais atuantes parlamentares que lutam contra o casamento gay".
1. Recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) retomou hoje o projeto de lei que proíbe a adoção de criança por casais homossexuais.
Via pmdb.org.br
Na proposta, que vem da bancada evangélica do Congresso, apenas a união entre um homem e uma mulher poderia ser considerada família. "A gente não concorda que uma criança seja criada por um casal homossexual. Isso é substituir a família”, já disse Eduardo Cunha.
2. Cunha também desenterrou o projeto que ele próprio inventou: o “Dia do Orgulho Heterossexual”, que estava arquivado.
Reprodução/ g1.globo.com
"A presente proposta visa a resguardar direitos e garantias aos heterossexuais de se manifestarem e terem a prerrogativa de se orgulharem do mesmo e não serem discriminados por isso", disse o deputado. O dia seria comemorado no terceiro domingo de dezembro.
3. O deputado tirou ainda um terceiro projeto da gaveta: o que criminaliza a "heterofobia".
Reprodução/Facebook / Via Facebook: DeputadoEduardoCunha
O projeto é uma resposta a proposta que criminaliza a homofobia. Trecho do texto diz que estão passíveis de punição "os estabelecimentos comerciais e industriais e demais entidades que discriminem pessoas em função de sua heterossexualidade".
4. O próprio site do presidente da Câmara diz que ele é "um dos principais e mais atuantes parlamentares que lutam contra o casamento gay".
5. Para Cunha, não há a necessidade criminalizar a homofobia. "A pena é a mesma se você agride um homossexual ou um heterossexual, diz o deputado.
Esse é o discurso que grande parte dos opositores à lei usa. Como presidente da Câmara, Cunha é quem define quais projetos de lei devem ser pautados para votação. Propostas como a criminalização da homofobia dificilmente terão vez.
7. Eduardo Cunha é um dos responsáveis por Marco Feliciano (PSC/SP), parlamentar famoso por declarações homofóbicas, ter ido parar na Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Câmara.
O PSC, partido de Feliciano, conquistou quatro vagas na Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013, mesmo que pelo regimento interno o partido não tivesse direito a nenhuma cadeira. Isso aconteceu com a ajuda de Eduardo Cunha, que cedeu as duas vagas do seu partido (PMDB) na comissão e duas outras vagas do PSDB, que lhes haviam sido entregues depois de um acordo interno.