Que tipo de carioca você seria?

Você é umas das figuras mais folclóricas do Rio de Janeiro. Seu perfume faz com que todos os moradores do seu prédio te reconheçam logo que te encontram no elevador. Você reclama das modernidades, mas sua personalidade excêntrica revela uma generosidade típica do bairro, que é o microcosmo do Brasil, distribuindo bombons a mendigos e desconhecidos. No panteão carioca, você tem um lugar de honra!

Você (ainda) não está na lista dos patrimônios imateriais da cidade, mas pode se considerar um deles. Afinal, o que seria do Rio sem o enorme número de visitantes vindos de todas as partes do mundo para conhecer de perto o cartão-postal do Brasil? Mas se for marinheiro de primeira viagem, é bom que você conte com a ajuda de aplicativos e tente disfarçar seu sotaque ao chegar: a fama de malandro do carioca não surgiu à toa.

Dos cariocas, você pode se considerar o mais autêntico de todos os tipos. Para você, tudo é motivo para festa e, diante das dificuldades, desenvolveu habilidades para sobreviver com alegria. No seu bairro deve ter a figura do "padrinho", disposto a ajudar com tudo, e da "tia", que é uma legítima agência de notícias da região. Você é rico em simpatia - e é isso tudo o verdadeiro significado de "moral"! (Explicando: "Moral" aqui também é giria para dinheiro, trocado, ganho. "Me assuma um moral aí".)

De repente, não mais que de repente, sua conta bancária engordou graças a um trabalho muito bem remunerado ou a um negócio que deu lucro. Qual foi a primeira coisa que você fez? Realizar o sonho de todo mundo que tem uma rápida ascensão socioeconômica no Rio: comprou a sua cobertura própria num condomínio fechado na Barra! Ali, você goza da boa vida de extravagâncias, rolando o dedinho no seu iPhone 13 pra se antenar no que há de mais novo e exótico no hype. Às vezes, entre alguns milhares de reais deixados entre um shopping e outro, seu gosto é questionado. Mas aí meu bem, você abre a janela do seu blindado e grita: "Eu sou ricaaaa!!!"