Qual clichê feminino da ficção é você?

Eita, você não é loira! Você se destaca e pode até chamar a atenção, mas infelizmente não é loira! Você pode ser uma atleta, editora de revista ou seja lá o que for, mas seu verdadeiro objetivo é dificultar a vida da heroína loira e angelical do filme. Você dá umas alfinetadas, tenta roubar o namorado dela ou faz de tudo para ser insuportável. Mas é claro que, com o tempo, todos nós percebemos que por trás dessa pedra de gelo aparente, você é na verdade muito legal. Será que tem que ser sempre o mesmo em todos os filmes?

Você é uma “amigona” que adora se divertir com seus amigos homens, jogar videogames, comer besteira, etc. Tudo isso mantendo o corpinho de manequim 36 e super linda, ora ora que conveniente pros meninos, não? Você sempre diz que "prefere sair com caras do que com meninas" porque rola "muito menos competição", e todos os seus amigos no fundo querem te pegar. Ai ai.

De acordo com os filmes, a personagem negra só tem um objetivo na vida: ter uma melhor amiga branca (que é a heroína do filme) para sair para beber ou almoçar, ouvir as reclamações dela e depois dar conselhos sobre sua vida amorosa. É isso aí. Você só está ali para fazê-la perceber algo sobre a vida dela, e você só tem dois estados de espírito: engraçada ou brava. Parece que é esse o papel da “amiga negra” nos filmes!

Você já viu essa personagem em algum filme: a mulher jovem e linda que, por alguma razão inexplicável, é loucamente apaixonada por um cara que tem idade para ser seu pai e não tem muita personalidade. Bem, talvez não seja tão inexplicável. Afinal, o filme foi produzido por um cinquentão que sonha em transar com mulheres mais jovens.

A típica personagem feminina que é o “interesse romântico” do protagonista: jovem, adorável, sonhadora e sensível, talvez até um pouco excêntrica. Apesar disso, não sabemos mais nada sobre você ou suas ambições, porque na verdade você só está lá para fazer com que o homem do filme, que é um pouco perdido e não tem autoconfiança, descubra uma verdade profunda sobre si mesmo. Você merece mais!

Como 99,9% de todas as jornalistas representadas em filmes ou programas de TV, você acha totalmente normal transar com os homens que entrevista para o seu trabalho. Só uma dica para os roteiristas: na vida real isso traria MUITOS problemas éticos!

Você é a personagem ambiciosa e dedicada à sua carreira, que na ficção sempre intimida muito os homens (e outras mulheres). Essa personagem geralmente tem cabelo curto ou médio e nunca tem senso de humor nem vida pessoal, porque, na cabeça dos roteiristas, é impossível ter um emprego e vida pessoal ao mesmo tempo. Por favor, né?

Você é a personagem que passa o filme sendo tímida, introvertida e também um pouco esquisita. O que, para os roteiristas, significa usar óculos e aparelho e não cuidar do cabelo. Até o dia que você percebe que, com um pouco de rímel, você parece uma modelo de revista. E aí, adivinha? Um homem maravilhoso vai notar você e, finalmente, descobrir que o amor da vida dele estava bem diante dos seus olhos o tempo todo. Parece BEM verídico, né?