Qual banda punk ou metal liderada por uma mulher você deveria ouvir?

O último álbum do Priests, Nothing Feels Natural, resume bem como nós nos sentimos atualmente. A banda punk de Washington D.C. tem como vocalista Katie Alice Greer, que debocha e grita sobre uma mistura estranhamente natural de rock, pop e até jazz, e em cada música basicamente pergunta aquilo que todos nós queremos saber: "O que diabos está acontecendo?"

A banda Savages não está de brincadeira. Essa banda pós-punk britânica só de mulheres é revoltada pra caralho e quer se fazer ouvir. Com os riffs de guitarra ásperos e a poesia uivante da vocalista Jehnny Beth, é fácil perceber isso.

Mesmo quando canta tocando violão, Chelsea Wolfe é puro metal. A cantora e compositora californiana transitou por vários gêneros ao longo de seus seis álbuns, mas, qualquer que seja o som, seu tom gótico único acaba prevalecendo.

Originária da Bélgica, a banda Oathbreaker é maleável, mas inegavelmente pesada, e o seu som se deve muito à habilidade da vocalista Caro Tanghe de ir de um murmúrio pungente e melódico até um grito totalmente black metal.

Gênero é um termo muito impreciso na cena musical de Olympia, Washington. Então, quando o grupo Ragana, composto por duas mulheres, entrou em cena com sua vibe sombria e anarcofeminista, todo mundo curtiu. Se o que você quer é um uivo catártico sobre o patriarcado, o Ragana dá conta do recado.

A mistura improvável de punk, hard rock dos anos 70 e uma pitada de energia do Jackson 5 pode dar a impressão de que esta é uma bandinha genérica de festa... Mas, aí você ouve o que a vocalista Tina Halladay está gritando — de abuso doméstico à luta de classes e a cidade mexicana Ciudad Juarez, onde uma quantidade enorme de mulheres foi assassinada. Parece sombrio? Bem, pelo menos alguém está falando sobre isso.