Você consegue distinguir aquilo que é você, daquilo que você criou porque gostaria de ser, e daquilo que você criou porque idealizou que era o que outra pessoa gostaria que você fosse?
Difícil, eu sei, mas vale a pena a tentativa. Percebo que muitas vezes optamos por permanecer na escuridão, sem informações sobre nós mesmos, validando a premissa que diz “ignorância é felicidade”. Afinal, quanto menos você conhece sobre si mesmo, menos terá que lidar com aquilo que esperam e você involuntariamente não consegue suprir.
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Isso é uma falácia, assim como uma vida ou um relacionamento construídos com base em meias verdades. Sem julgamentos, só você sabe o que precisa fazer pra estabelecer qualquer tipo de relação, mesmo as mais superficiais.
E ainda assim, você sabe quando não é real. Minha teoria é que somos constantemente atacados, por todos os lados, por veículos que reforçam que não somos bons o bastante por diversos motivos: o seu cabelo não é bonito o bastante, o seu corpo não é forte o bastante, sua pele, seu emprego, suas capacidades, sua vida de modo geral.
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Já está enraizado. Se não vier de fora, a gente cria a autossabotagem e, não mais que de repente, você tem medo de ser quem é. Você sente vergonha. Você não gosta de ser quem é, e você nem ao menos sabe o porquê.
O próximo passo é criar um novo personagem: aquele que você adoraria ser, ou aquele que adorariam que você fosse. Ambos igualmente injustos, ignoram sua história de vida, suas oportunidades até aqui, os altos e baixos que fizeram você ser você. Sinto lhe informar, mas não dura tempo suficiente pra que você se convença.
Como eu disse, você sabe quando não é real. Faz parte da vida criar escudos, personas, personagens.
Nem todo mundo merece ou consegue ter contato com o que há de mais essencial em você. Mas nunca se esqueça de fazer isso de forma consciente, nunca se esqueça de voltar a si.
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