Você está vivendo ou só rolando seu feed das redes sociais?
Será que a vida virtual não ocupa muito espaço?
Quanto tempo você passa rolando aquilo de cabo a rabo sem propósito algum?
Calma, prometo que não será um texto motivacional, muito menos um sermão pra que você troque o celular por um livro. Nem eu faço isso!
Tenho pensado muito em como nossos comportamentos se estendem para além da nossa percepção.
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Quantas vezes você tratou os acontecimentos da vida real, da mesma forma com que trata o seu feed no Instagram por exemplo? Passageiro, trivial, irrelevante, distrator, mais do mesmo? Ou você realmente acredita que sua incapacidade de assimilar todas as informações que te atravessam se restringe as redes sociais?
Talvez seja uma proteção.
É muita coisa ruim ao mesmo tempo, e a gente de fato não tem um minuto de paz.
Uma notícia gera comoção e como num feed, a mesma é engolida por outra, e outra, e assim por diante.
Por um lado, quando não nos aprofundamos em coisa nenhuma, nada consegue te atingir ou te machucar, gerando uma certa sensação de segurança. Mas por outro, as coisas param de fazer sentido e tudo se torna uma angústia constante.
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Angústia porque o ser humano tem, naturalmente, sede por profundidade, uma vontade inerente de atribuir significado à experiência terrestre. É a vontade de querer se ligar, se conectar com o que quer que seja.
Somos seres sociais, convivendo em sociedade, e estamos nos tornando cada vez mais incapacitados de lidar com atravancamentos e atravessamentos da vida.
Se você ignora, você não lida.
Se você não lida, você não aprende.
Se você não aprende, você abre mão do crescimento pessoal.
Lidemos.
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Não acho que a solução seja dar importância a tudo que chega até nós, definitivamente. Talvez uma boa ideia seja selecionar o que você consegue dar conta no momento presente: nem correndo o dedo pra cima e pra baixo, nem abocanhando o mundo de uma só vez.
