Vídeo que mostra ex-prefeito de Toronto fumando crack finalmente é divulgado

Sim, aquele vídeo.

O vídeo que mostra o ex-prefeito de Toronto Rob Ford fumando crack — e que provocou um escândalo no Canadá em 2013 — foi divulgado pela primeira vez.

No vídeo, Ford fala com uma voz arrastada e traga de um cachimbo de vidro. As imagens foram supostamente gravadas em fevereiro de 2013.

Ele e uma voz em off — identificada como sendo da traficante condenada Elena Basso — conversam sobre o time de futebol em que Ford treinava quando estava no ensino médio e sobre o atual primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, na época o líder do Partido Liberal.

O site "Gawker" foi o primeiro a divulgar o vídeo. Segundo o "Toronto Star", Ford chama Trudeau de "bicha" ("fag"), embora seja difícil decifrar as palavras de Ford (visite o site "Star" para assistir a uma versão legendada).

A certa altura, Ford leva um cachimbo aos lábios e segura um isqueiro na ponta antes de expirar. O vídeo acaba quando Ford parece notar que está sendo filmado com o celular.

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Anos atrás, uma matéria do "Star" sobre o vídeo em questão desencadeou um escândalo. No entanto, as imagens nunca chegaram a vir a público.

A polícia obteve o vídeo em outubro de 2013, e as imagens foram usadas como prova em processo contra Sandro Lisi, ex-motorista e amigo de Ford acusado de extorsão. A denúncia aparentemente surgiu por Lisi ter tentado recuperar o vídeo.

Nesta quinta (11), as acusações contra Lisi foram retiradas, suspendendo a proibição da publicação do vídeo.

Quando as notícias sobre o vídeo saíram pela primeira vez, Ford disse que não iria comentar sobre um vídeo "que nunca vi ou que não existe". Inicialmente, ele negou ser usuário de crack, mas depois admitiu que provavelmente havia usado a droga em um de seus "estupores alcoólicos".

O site "Gawker" conseguiu arrecadar US$ 200 mil em uma campanha de financiamento coletivo para comprar o vídeo, mas não conseguiu fechar o negócio.

Ford morreu em março, 18 meses após ser diagnosticado com um lipossarcoma. Ele tinha 46 anos.

Mark Blinch / Reuters

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