Além de falas xenofóbicas, o vereador Sandro Fantinel também teve grandes variações de patrimônio em poucos anos

E é claro, uso de dinheiro vivo para pagar despesas de campanha

Publicado por Deinha Mendes e Dr. Pândego

Apos sua fala pública com conteúdo xenofóbico, o vereador Sandro Luiz Fantinel, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, começou a colher resultados. Um deles foi sua expulsão pelo seu partido, o Patriotas. Matéria na íntegra aqui

Outro resultado: um pedido de impeachment.

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E parece que muito mais virá à tona. Fantinel ainda figura na Receita Federal, pelo menos, como sócio-administrador de uma pequena construtora cujo nome fantasia é ELFO CONSTRUTORA.

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Parece que a construtora anda bastante ativa. Pelo menos no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul há 10 processos a envolvendo.

No mesmo endereço da construtora funciona outro negócio, aparentemente uma loja virtual em nome da esposa de Fantinel, para venda de velas aromáticas com perfil no Instagram, domínio em nome da esposa e site que acabou de ser criado.

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Na Câmara de Caxias do Sul e antes de se candidatar e perder a eleição para deputado estadual, Fantinel contava com a ajuda de Joares José Paproski, pelo menos.

Paproski, inclusive, emprestou um carro para a campanha de Fantinel em 2022 e até doou 1.100 reais para o Patriotas, partido de Fantinel.

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A campanha de Fantinel para deputado estadual em 2022 mostra mais a respeito dele. A campanha também foi custeada por doação de santinhos e colinha pela campanha de Onyx Lorenzoni.

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A campanha de Fantinel para deputado estadual em 2022 mostra mais a respeito dele. A campanha também foi custeada por doação de santinhos e colinha pela campanha de Onyx Lorenzoni.

O valor não parece astronômico. Mas vejam o cargo que ele declara ter em 2022. Vereador é ocupação?

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Eleito em 2020, vinha de uma campanha para vereador de 2016 em que foi derrotado. Em 2020, declarou um patrimônio de 13 mil reais, correspondente a um carro de 2007. A participação na Elfo Construtora não apareceu.

Em 2016 tinha declarado uma casa de 300 mil reais e um carro de 30 mil reais.

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Aquela campanha, de 2016, custou a Fantinel pouco menos de 4 mil reais.

E foi praticamente tudo custeado pela doação que ele mesmo fez para sua campanha, aparentemente em espécie. Dinheiro vivo?

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Foi sim. Mas que número é esse aí de um CNPJ do segundo depósito em dinheiro, que Fantinel disse ter sido seu?

Era da campanha dele... Nada grave aí, aparentemente.

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Quando ele foi eleito vereador em 2020, sua campanha foi bem barata. Contribuíram nela a esposa e o então futuro assessor Paproski, além de alguém que tem o sobrenome Schiavo.

Em 2020 o então futuro assessor de Fantinel fez uma doação de 500 reais em espécie para a campanha. Durante a pandemia, portanto, antes da vacina (que só chegou em janeiro de 2021), ele se dispôs a ir em um banco ou pediu para alguém ir fazer um deposito por ele? 

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O extrato apresentado ao TSE diz que sim, alguém foi realmente ao banco para depositar 500 reais em espécie para salvar a campanha de Fantinel.

Parece pouco, mas a campanha em si custou 3.573 reais. Logo, os 500 reais foram 1/7 do custo.

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E aquele depósito em dinheiro não foi o único da campanha. Houve outro... de 1.000 reais.

Voltamos a 2022 e à campanha de Fantinel para deputado estadual, que ele perdeu. As despesas de campanha dele chegaram a 50.143,72.

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Dentre as notas fiscais eletrônicas apresentadas ao TSE, uma delas, de quase 10% do custo da campanha, consta como paga em dinheiro.

Todo o combustível foi pago a um posto de gasolina que aparentemente fica no bairro onde Fantinel mora.

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E o que não faltou foi cheque. Quem ainda usa cheque no Brasil?

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