Até que enfim! Twitter remove post de pastor Silas Malafaia chamando vacinação infantil de "infanticídio"

Publicação violou as regras da rede social.

Após pressão dos usuários, o Twitter removeu na noite de segunda-feira (10) uma publicação do pastor Silas Malafaia – apoiador de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro – chamando de "infanticídio" a vacinação infantil contra a covid-19. Ao longo do dia, a hashtag #DerrubaMalafaia ficou entre os assuntos mais comentados da rede social.

Reprodução/Twitter

"Esse tweet violou as regras do Twitter", diz a mensagem que aparece no lugar no post excluído. Ao todo, 11 postagens de Malafaia foram excluídas da rede social.

Publicidade

Desde que a vacinação em crianças entre 5 e 11 anos foi aprovada pela Anvisa, em 16 de dezembro, Bolsonaro vem promovendo uma verdadeira cruzada contra a imunização desta faixa etária, que deve começar nos próximos dias.

No último dia 6, durante entrevista, Bolsonaro minimizou o número de mortes por covid nesta faixa etária, dizendo que é quase zero. O que não é verdade. O próprio Ministério da Saúde contabiliza mais de 300 mortes de crianças entre 5 e 11 anos, desde o início da pandemia. Além disso, o chefe do Executivo sugeriu que a Anvisa teria algum "interesse" por trás da decisão.

Clauber Cleber Caetano/PR

"Você vai vacinar o teu filho contra algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?", disse Bolsonaro na entrevista.

Publicidade

A insinuação criou um mal estar entre Bolsonaro e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. No último sábado (8), o militar exigiu que o chefe do Executivo se retratasse das suspeitas levantadas sobre o órgão. Em resposta, durante entrevista à rádio "Jovem Pan", Bolsonaro disse que "não acusou ninguém de corrupto". Segundo ele, não havia motivo para o "tom agressivo" de Barra Torres.

Jefferson Rudy/Agência Senado

"Eu me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo pra aquilo. Eu falei: ‘o que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?’. Ninguém acusou ninguém de corrupto, tá? E, por enquanto, eu não tenho o que fazer pra tocante a isso aí", disse. 

Veja também