Tudo o que você precisa saber sobre o Caso Evandro agora que a Justiça anulou as condenações

Crime aconteceu há 31 anos e ainda hoje faltam respostas...

O Caso Evandro passou por um novo capítulo na última quinta-feira (9): a Justiça do Paraná anulou as condenações das quatro pessoas acusadas pela morte do menino.

Você já deve ter ouviu falar deste crime, mas caso não esteja totalmente por dentro do assunto, a gente te explica:

O que é o "Caso Evandro"?

Reprodução

Em abril de 1992, o Evandro, na época com 6 anos, desapareceu na cidade de Guaratuba, no Paraná. Na época, outros desaparecimentos de crianças já haviam acontecido na região.

De acordo com as investigações, Evandro estava com a mãe na escola em que ela trabalhava quando disse que ia até a sua casa buscar em brinquedo. Depois disso, ele nunca mais foi visto.

Alguns dias depois, um corpo foi encontrado num matagal na região, mas ele estava em condições de difícil identificação: sem couro cabeludo, olhos, pele do rosto, partes dos dedos dos pés, mãos, com o ventre aberto e sem os órgãos internos. Na época, o pai de Evandro disse ao IML que reconhecia o corpo, por meio de uma marca de nascença.

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Quem foi condenado?

Reprodução/Globoplay

Na época, o ex-investigador da Polícia Civil Diógenes Caetano dos Santos Filho, e também desafeto político do prefeito da cidade, começou uma investigação paralela, que, mais tarde, foi seguida pelo Grupo Águia da Polícia Militar. Com base nessa investigação, foi levantada uma lista de acusados.

As primeiras foram a primeira dama do município, Celina Abagge, e a filha, Beatriz Cordeiro Abagge (foto), que foram acusadas de terem usado o corpo de Evandro em um ritual satânico. Também foram acusados o pai de santo Osvaldo Marcineiro, o pintor Vicente de Paula Ferreira e o artesão Davi dos Santos Soares, além de Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos, que trabalhavam no galpão em que supostamente o ritual teria acontecido.

Sérgio e Airton foram absolvidos. Celina não foi julgada por já ter mais de 70 anos à época. Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão, Osvaldo a 20 anos e Davi a 18. Vicente também foi condenado, mas morreu em 2011, enquanto estava preso, em decorrência de um câncer.

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"Direitos humanos fundamentais devem ser respeitados em investigações criminais. Não há dúvida que houve tortura", manifestou o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, que discordou do relator do processo.

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Como posso saber mais sobre o caso?

O Caso Evandro virou assunto do podcast "Projetos Humanos", do jornalista Ivan Mizanzuk, e você pode conferir aqui. O crime também ganhou uma série documental produzida pela Globoplay.

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