Tudo o que você precisa saber sobre a votação do "Brexit" em gifs do Harry Potter

~Accio informações sobre o Reino Unido possivelmente sair da União Europeia~

O Reino Unido está no meio de um grande debate que será motivo de votação esta semana, sobre uma coisa chamada "Brexit."

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Isso tem deixado muitas pessoas de fora do Reino Unido confusas, como se tivessem sido atingidas por um Feitiço Confundus.

Mas não se preocupe! Nós vamos trazer um pouco de ~informação~.

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Então vamos usar o nosso Vira-Tempo e voltar bastaaante no tempo.

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Estabelecido no fim da II Guerra Mundial, o grupo que um dia se tornaria a União Europeia foi fundado pela amizade! E cooperação econômica! E carvão!

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A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço começou com seis países que queriam facilitar o comércio necessário para a reconstrução após a guerra, e passou a reunir os atuais 28 países, todos com acordo de liberdade de circulação e de comércio entre si, padrões de direitos humanos e uma monte de outras coisas. Esse processo realmente começou em 1957 com o Tratado de Roma, formando a Comunidade Econômica Europeia(CEE).

A Grã-Bretanha aderiu à CEE em 1973 e foi muito bom! Eles até fizeram um referendo* em 1975 onde as pessoas estavam tipo, "Oh olá, Europa. Sim, nós vamos nos juntar a esta coisa, vai ser smashing.**"

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*Um referendo é apenas uma palavra chique para "votação em que as pessoas escolhem uma resposta a uma pergunta" — neste caso, "O Reino Unido continua a ser um membro da União Europeia ou deixa a União Europeia?"

**Smashing é a palavra do inglês britânico para "excelente".

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Agora vamos avançar para 1999. A União Europeia expandiu-se para 13 países, e 11 membros do mercado comum adotaram uma moeda única: o euro.

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Foi um grande salto, porque isso também significava juntar as suas políticas monetárias. O Banco Central Europeu controla a impressão de euros e a quantidade de dinheiro que está no sistema a qualquer momento.

(Veja a Grécia no ano passado para ter uma ideia de como isso pode ser um problema em uma crise.)

Mas não na Grã-Bretanha! Em vez disso, o Reino Unido optou por permanecer fora da chamada zona do euro, mantendo a libra como moeda, e mantendo a sua própria política monetária.

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Isso foi em parte porque, enquanto eles tentaram adaptar sua economia para se prepararem para o euro, houve uma pequena crise econômica. Isso chateou bastante as pessoas e os "cinco testes econômicos", do então chanceler do tesouro público Gordon Brown, desenvolvidos para o Reino Unido entrar na zona do euro em 1997 nunca foram concluídos.

Mas o Reino Unido ainda está fortemente atado à economia da UE e os bens e pessoas britânicas não têm nenhum problema ao cruzar as fronteiras dentro da união e vice-versa. Eles enviam representantes para o parlamento europeu e seguem as regulações da UE lidando com coisas como padrões de segurança automotivos e coisas assim.

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Desde que o euro foi criado, a UE passou a ter mais 13 países, sendo que 19 dos 28 países são parte da zona do euro.

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Independente de um país membro utilizar ou não o euro, o mercado comum da união dá a todos os membros a liberdade de circulação de mercadorias, serviços, pessoas e capital.

Mas essa expansão, principalmente na Europa Central e Oriental, fez aqueles que desconfiam da UE — ou "eurocéticos" — questionarem ainda mais a sua utilidade. Ela também gerou diversas reações anti-imigração quando a ideia de trabalhadores menos qualificados do antigo bloco comunista, manifestada em estereótipos como o do "encanador polonês", começou a se espalhar.

O mais barulhento entre os eurocéticos ultimamente tem sido Nigel Farage, líder do nacionalista Partido de Independência do Reino Unido (UKIP).

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O UKIP é mais conhecido fora do Reino Unido por manchetes que destacam suas posturas anti-imigração. Várias de suas políticas e de seus membros políticos têm sido considerados como totalmente anti-muçulmanos e chauvinistas. Mas apesar disso, eles têm conseguido apoio local suficiente para, juntamente com alguns membro do Partido Conservador, exercer pressão sobre o primeiro ministro britânico David Cameron.

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Essa pressão entrou em jogo durante a eleição geral do ano passado, quando Cameron prometeu que se os conservadores ganhassem haveria um referendo para decidir se o Reino Unido ficaria na UE.

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E ele ganhou, com uma quantidade surpreendente de votos! Mas um Juramento Inquebrável é isso mesmo, até na política.

No início, parecia uma vitória para Cameron, que em janeiro usou a potencial saída da UE, ou "Brexit", como tem sido apelidada, para extrair concessões sobre como o Reino Unido se encaixa no grupo.

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Estas promessas, prontas para serem postas em prática imediatamente se o Reino Unido votar em ficar, garantiriam à Grã-Bretanha um status especial na UE. Isso inclui um "freio de emergência" nos benefícios para os migrantes recém-chegados pelos próximos sete anos, com a quantidade que eles recebem aumentando por mais de quatro anos a partir de quando eles chegarem no país e novas proteções para membros da UE de fora da zona do euro.

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Mas isso não impediu que o UKIP e outros se organizassem pelo Brexit.

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A campanha do "Vote em Sair" — composta por alguns membros importantes do governo conservador, alguns membros do Partido Trabalhista e outros — têm feito um lobby muito forte para influenciar no voto.

A principal razão para deixar a UE, eles argumentam, é que o custo de desistir de alguma soberania para ter acesso ao mercado comum não vale mais a pena. Primariamente, eles querem retomar o controle total da legislação, tribunais e políticas de migração da Grã-Bretanha.

Isso, por sua vez, pode ser ligado à oposição deles contra a ideia de "uma união ainda mais próxima", um dos princípios sob os quais a UE vem atuando desde o início dos anos 1990. Eles têm a preocupação de que se a UE faz mais leis para o Reino Unido seguir, isso poderia significar que mais e mais coisas que um país deveria ser capaz de fazer por si mesmo seriam transferidas para a UE.

Já o UKIP está dirigindo sua própria campanha. Ambos o partido e o Vote em Sair estão enfatizando a política de migração da UE como um grande motivo para sair — uma ação que é chamada pelos seus oponentes de campanha do medo.

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Isso incluiu o Vote em Sair usar placas dizendo que a Turquia estaria se juntando à UE iminentemente (não está) e um grupo pró-Brexit alegando concisamente que ficar na UE poderia dar margem a um ataque ao estilo de Orlando.

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Ao mesmo tempo, as pesquisas da semana passada não pareciam ser boas para as forças da "Britain Stronger in Europe", incluindo os arqui-inimigos Cameron e o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn.

Warner Bros. / Via lovelace-media.imgix.net

Os ativistas do "Fica" argumentam que a Grã-Bretanha é mais segura e mais forte na União Europeia do que fora dela. Eles apontam para o fato de que não apenas metade das exportações do Reino Unido vão para a UE, mas também quase metade dos investimentos no Reino Unido são da UE. O Reino Unido realiza mais comércio com países como Irlanda e Bélgica do que com a China e a Índia.

Apesar disso, por um tempo estava parecendo extremamente próximo. Uma pesquisa da YouGov publicada na última quarta-feira mostrou o "Sair" com 46% de apoio e apenas 39% para o "Ficar". Apenas outros 11% disseram que ainda estavam indecisos e 4% declararam que não votariam.

E durante uma série de pesquisas extremamente inconsistentes cientificamente feitas durante uma série de debates entre os dois lados organizados pelo BuzzFeed UK e Facebook, a audiência de telespectadores caracterizou-se como sendo mais a favor das vozes do Sair do que com aqueles que falavam pelo Ficar (a audiência do estúdio que ouvia os falantes votaram quase o contrário, mas ainda foi apertado).

A votação será no dia 23 de junho e, como costuma acontecer com a política britânica, com a data se aproximando, as coisas estão ficando estranhas.

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Como na última quarta-feira, quando uma flotilha de barcos de lados opostos batalharam uns com os outros no Tâmisa, o rio que passa por Londres. Sim. Isso aconteceu.

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Mas as coisas também se tornaram trágicas na semana passada com a morte da integrante do parlamento britânico Jo Cox, uma partidária pró-imigração e anti-Brexit, que foi morta em seu distrito eleitoral. Isto causou a paralisação das campanhas por dois dias.

Warner Bros. / Via imagesmtv-a.akamaihd.net

Conforme a campanha chega em seus dias finais, as pesquisas parecem estar se voltando suavemente de volta a favor do Fica.

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Enquanto isso, os banqueiros da cidade de Londres estão divididos sobre se deixar a UE significaria se livrar das regulações ou uma receita para um desastre financeiro.

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Os EUA, por outro lado, estão convencidos de que a Brexit não seria boa. O secretário do Tesouro Jack Lew disse na semana passada que ele vê "apenas resultados econômicos negativos" se o voto "Sair" prevalecer.

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"Nas semanas após uma votação a favor do Brexit, a S&P 500 provavelmente cairia 5% e a volatilidade subiria 40%, de acordo com uma análise de cenário conduzida pela companhia de tecnologia financeira FIS", relatou a CNN na terça-feira.

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Mas, como todos nós sabemos, Adivinhação é uma matéria sem sentido. Então vamos ter que esperar e ver como será a votação do Reino Unido e descobrir o que tudo isso significa depois.

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