Terry Crews não vai desistir sem lutar

“As pessoas não compreendem que Hollywood é um lugar muito violento”, disse Terry Crews, o ator de “Brooklyn 99” e “Todo Mundo Odeia o Chris”, ao BuzzFeed News. “A melhor analogia é que é similar a uma plantation da época do trabalho escravo. ... Eles cortam sua cabeça fora para que a pessoa ao lado não fale nada.”

Terry Crews diz que não planejou que as coisas acontecessem assim. Cinco dias após o jornal "The New York Times" publicar uma bombástica matéria sobre os supostos casos de assédio e abuso sexual cometidos pelo produtor Harvey Weinstein, e cinco dias antes do movimento #MeToo encontrar novo impulso, Crews tirou um tempinho entre as gravações para escrever diversos tuítes detalhando sua própria experiência ao ser (supostamente) “apalpado” por um poderoso executivo de Hollywood.

20thCentFox / Everett Collection

Terry Crews e Andy Samberg em "Brooklyn Nine-Nine".

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“Eu estava no set [de Brooklyn Nine-Nine], tremendo”, disse Crews ao BuzzFeed News sobre o momento em que decidiu trazer a público sua experiência. “Eu não liguei para o meu assessor de imprensa, não liguei para os meus amigos, não liguei para o meu agente, não liguei para minha mulher. Eu só comecei a tuitar.” Naqueles primeiros tuítes, Crews relembrou quando foi “apalpado” em uma festa da indústria do cinema em 2016.

Posteriormente, ele acusaria nominalmente o homem que supostamente fez isso: Adam Venit, que trabalha na agência William Morris Endeavor Entertainment (WME). Atualmente, Crews está processando Venit e a empresa. Venit representa alguns dos atores mais famosos de Hollywood, incluindo Sylvester Stallone, Adam Sandler e muitos outros. Crews afirmou que o incidente ocorreu na casa de Sandler. Venit já se desculpou pelo ocorrido, e apesar da polícia de Los Angeles ter decidido não dar seguimento à investigação criminal, a luta de Crews prossegue. Afinal, por que parar agora?

Zinc Ink

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Crews vem lutando contra a masculinidade tóxica há anos. Ele deu início a essa batalha em 2014, por meio do seu livro "Manhood: How to Be a Better Man – or Just Live With One" ("Masculinidade: Como Ser Um Homem Melhor – Ou Apenas Viver Com Um Deles", em tradução livre). Depois disso, Crews se declarou um feminista no programa de TV "Larry King Now". Nessa mesma época, o ator começou a falar abertamente sobre o seu vício em pornografia, o período passado em uma clínica de reabilitação para se tratar e a mudança em sua relação com os ideais de “masculinidade”.

Quatro anos após o lançamento do seu livro, Crews ainda é manchete por causa do seu relacionamento com a masculinidade tóxica. Hoje em dia, porém, o cerne da narrativa é outro. Em um dos seus primeiros tuítes sobre o abuso sofrido, Crews escreveu sobre o medo que faz com que tantas vítimas permaneçam em silêncio, principalmente em Hollywood. “Quem vai acreditar em vc? (poucas pessoas) Quais são as repercussões? (muitas) Vc quer voltar a trabalhar? (Sim) Vc está preparado para a rejeição? (Não).”

A decisão de tornar pública sua experiência acabou sendo um alívio, segundo Crews. Mas também teve um custo. “Quando apertei ‘enviar’, senti todo aquele peso retirado das minhas costas”, afirmou. “Voltei para o trabalho e desliguei o meu telefone. Mas quando peguei de novo meu telefone, o mundo havia mudado.”

Seis meses depois, Crews ainda está lutando com o que essas mudanças – da batalha legal em andamento à opinião de seus colegas da indústria – significarão para sua vida de agora em diante.

Columbia Tristar / Everett Collection

Terry Crews em "Battle Dome", 1ª Temporada, 1999–2001.

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Crews está acostumado a desafiar as instituições que crê serem nocivas. Ele passou sete anos na NFL (a liga de futebol americano), que, segundo uma entrevista concedida em 2013 no programa de Arsenio Hall, traz consigo uma “cultura de intimidação, humilhação e violência”. Posteriormente, ele reforçou isso em uma entrevista para a rádio Hot 97 em 2017, quando o assunto foi a NFL. “É uma relação abusiva, sabe por quê? Porque eles sabem que você vai se machucar. É algo intrínseco”, afirmou. O ator também sabe como é não estar mais ligado a esses gigantes superpoderosos. Quando Crews largou a NFL em 1997, o dinheiro que ele tinha guardado era o bastante apenas para mais seis meses. Ele achou que logo conseguiria um bom trabalho em Hollywood em razão da plataforma adquirida via NFL. Em vez disso, trabalhou como varredor para sobreviver até conseguir um papel no programa "Battle Dome", em 1999.

Hoje, Crews está há quase 20 anos envolvido com Hollywood. É um relacionamento que está, atualmente, em um estado de transição, precisamente porque ele se negou a ficar calado. Segundo Crews, o modo como as pessoas da indústria interagem com ele mudou sensivelmente desde o dia em que trouxe a público a acusação contra Venit. “Eu entro em uma sala, e a sala se divide ao meio”, contou. “Simplesmente se divide. É como se tivesse caído um raio.” Em um dos lados ficam as pessoas que torcem por Crews e por sua posição no movimento #MeToo, pessoas que o aplaudem por quebrar o silêncio. Do outro lado, as pessoas que querem que Crews cale a boca.

Joey Foley / WireImage

Hilarie Burton participa da 101ª edição das 500 milhas de Indianápolis, 2017.

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Calar-se tem sido, historicamente, a única opção para atores que julgam ter sido injustiçados, mas que querem continuar trabalhando em Hollywood. A maioria das histórias provavelmente permanecerá inconfessa, ainda que a situação tenha começado a mudar em 2017, uma história por vez.

Em novembro, Hilarie Burton acusou o criador da série "One Tree Hill", Mark Schwahn de assédio e abuso. Burton saiu da série após o fim do seu contrato, na sexta temporada, e recusou-se a fazer testes para qualquer papel de destaque em outras séries nos anos seguintes. “O medo de ser forçada a tomar parte em qualquer uma daquelas situações era paralisante”, afirmou à revista "Variety". Ela também mencionou que não falou nada para ninguém da Warner Bros. Television, o estúdio que produzia a série "One Tree Hill", sobre o ocorrido. “Eu não queria que a Warner Bros. me visse como um problema, porque eles tinham me ajudado muito”, disse. “Eu queria trabalhar com a Warner Bros. outra vez. Eu estou trabalhando com a Warner Bros. atualmente.” Em Hollywood, o medo de ser rotulado como alguém “difícil” ou um “problema” é palpável, permanente e uma das maneiras mais eficazes de manter as pessoas caladas. Isso se aplica, sobretudo, às mulheres e pessoas negras, que enfrentam obstáculos sistêmicos, tanto para entrar quanto para permanecer em Hollywood.

Crews observa que muitas pessoas deixaram de interagir com ele depois que falou sobre o abuso que sofreu. “Se você é solidário a esses caras tóxicos, não vai querer ficar perto de mim”, especula Crews. “Porque eu vou boto a boca no trombone.”

E foi o que ele fez. Quando o produtor musical Russell Simmons supostamente enviou um e-mail para Crews, dizendo que o ator deveria “deixar [Venit] para lá”, Crews expôs sua atitude no Twitter. Ele fez o mesmo quando Avi Lerner, produtor dos filmes da franquia "Mercenários", supostamente entrou em contato com os agentes de Crews e disse que o ator poderia evitar quaisquer “problemas” com o próximo filme se desistisse do processo contra Venit. E Crews continua a denunciar a WME, principalmente desde que Venit voltou a trabalhar lá, tendo sido apenas rebaixado de posição, após uma suspensão de um mês (Simmons e Lerner não responderam aos pedidos de entrevista da reportagem).

Charley Gallay / Getty Images

Adam Venit

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Algumas semanas após revelar a identidade de Venit no programa "Good Morning America", Crews deu entrada em uma ação de reparação civil por abuso sexual e agressão contra Venit e a WME. Nos documentos anexados ao processo no Superior Tribunal de Los Angeles, e obtidos pela revista "Hollywood Reporter", representantes da WME apresentaram a versão da agência. Eles afirmam que, apesar de Venit ter telefonado se desculpando com Crews após o incidente, o ator não notificou a ninguém da alta direção da agência do alegado até tuitar sobre isso em outubro. Eles também apontam o fato de que Crews permaneceu na agência até outubro de 2017, algo que o ator atribui ao seu desejo inicial de “deixar para lá” e seguir em frente – um desejo que mudou após as acusações contra Weinstein terem sido trazidas à tona. Como Crews disse ao BuzzFeed News, acompanhar o tratamento público negativo recebido pela mulher que estava acusando Weinstein foi o que o levou a falar sobre o seu caso de assédio. Para o ator, foi um ato de solidariedade que acabou se tornando algo maior.

Em um trecho particularmente fascinante dos autos processuais, representantes da WME também acusam Crews de tentar “se equiparar às mulheres e aos homens que foram forçados, às vezes repetidamente e durante um amplo período, a fazer sexo ou a suportar o assédio sexual para não perderem o emprego ou avançarem em suas carreiras, enquanto os criminosos e outras pessoas cientes do que estava acontecendo ignoravam tudo.” É uma declaração que insinua que a experiência de Crews não se enquadra em um conceito exato e determinado de comportamento impróprio para ser levada em conta. É também contraditória ao espírito do movimento #MeToo. O movimento nunca foi sobre todos terem passado pelo mesmo tipo de assédio ou abuso. Em vez disso, ele quer ressaltar o quão comum, profundamente arraigado e difícil de esquecer é esse tipo de abuso. E não foi isso que Crews fez quando publicou aqueles tuítes em 10 de outubro?

“As pessoas não compreendem que Hollywood é um lugar muito violento. A melhor analogia é que é similar a uma plantation da época do trabalho escravo.”

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Crews abandonou a WME após apresentar suas acusações. Porém, como é de praxe em contratos com agências, o ator ainda é obrigado a pagar à WME uma parte dos ganhos obtidos de qualquer projeto realizado enquanto ainda estava sob contrato. “Que [espécie de] negócio é esse em que você pode fazer algo assim com outro ser humano, e eu ainda tenho de pagar a você?”, disse. “Todos acham que isso está bem. Mas isso não está certo. Não há um sistema de peso e contrapeso. Não há ninguém para vigiá-los. E levando em conta o que fizeram comigo, pense em uma jovem que é estuprada por um executivo, e ela está em uma série ou qualquer outra coisa. No fim, ela ainda teria de pagar esse cara.”

Crews sugere que a inclusão de uma cláusula moral nos contratos poderia ajudar a evitar esse tipo de situação. “Se você ultrapassou esse limite, por que ainda está recebendo dinheiro? Por que ainda está trabalhando?"

E não é a primeira vez que Crews se vê encurralado por falar o que pensa. O ator disse que a editora do "Manhood" – Zinc Ink, um selo da editora Random House –, seu livro de 2014, “cagou” para o seu desejo de escrever sobre a masculinidade tóxica quando ainda estava preparando o manuscrito.

“[Eles foram] tipo: Urgh, sério? Você realmente quer fazer isso?”, afirmou. “Acho que eles esperavam algum tipo de livro de um machão para machões. Acho que eles ficaram um pouco desapontados.” Segundo Crews, ele tinha um acordo para escrever dois livros, e o segundo foi deixado de lado. Um porta-voz da editora Zinc Ink enviou como resposta ao BuzzFeed News a seguinte declaração: “Nós nos empenhamos para trabalhar com Terry para criarmos um livro que compartilhasse sua história nua e crua, definindo o modo como ele vê a masculinidade e ao mesmo tempo permitindo ao leitor um vislumbre emocional e inspirador da verdadeira alma de uma das maiores estrelas da atualidade. Temos muito orgulho do livro 'Manhood', de Terry e de tudo o que ele fez para desencadear novas e relevantes discussões que desafiam a noção tradicional do que significa ser um homem.”

Independentemente do processo de edição, Crews não abriu mão da visão que tinha para o livro e utilizou a divulgação do "Manhood" como uma plataforma para falar sobre feminismo e masculinidade. O ator está determinado a educar o mundo, mesmo se seus próprios empregadores não estiverem dispostos a escutar. Ele está em uma posição bem familiar a muitas feministas que já criticavam os sistemas perversos há anos, muito antes das acusações contra Weinstein terem desencadeado uma espécie de ajuste de contas. Perguntado se sua opinião mudou depois que escreveu o livro, Crews disse: “Não, não houve uma mudança. Na verdade, eu fui legitimado.”

Além de sua ação contra WME e Venit, Crews também denunciou o caso à Polícia de Los Angeles, que abriu uma investigação sobre o incidente. Em fevereiro, a Promotoria de Los Angeles decidiu não dar seguimento ao processo criminal por falta de evidências de que Venit tenha feito contato com a pele de Crews durante o suposto “apalpamento”, o que classificaria o crime como uma contravenção. O caso foi então passado para a Procuradoria de Los Angeles, que trata de contravenções. Em março, a procuradoria da cidade desistiu do caso em razão de sua prescrição segundo as leis locais (havia passado um ano do ocorrido). Enquanto isso, Crews diz que tem de continuar pagando à agência que considera culpada por não ter responsabilizado seu suposto agressor.

Karen Ballard / Lions Gate / Courtesy Everett Collection

Terry Crews e Sylvester Stallone em "Os Mercenários", 2010.

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E ele ainda está aguardando alguns telefonemas: Crews disse que nem Lerner e nem o restante do elenco de "Os Mercenários" o contataram após sua denúncia contra o produtor no Twitter.

“Nenhuma palavrinha de ninguém. Nada”, disse Crews. “Pode acreditar, ninguém esperava por isso. Ninguém achou que eu exporia aquilo.” Para ele, tudo é parte do quadro geral do que há de errado em Hollywood. “As pessoas não compreendem que Hollywood é um lugar muito violento”, continuou. “A melhor analogia é que é similar a uma plantation da época do trabalho escravo. Eles usam uma violência extrema. Você vê muitas pessoas que nunca mais trabalharão. Só pelo fato de você expor a coisa toda, eles cortam a sua cabeça, para que a pessoa ao seu lado não fale nada.”

“Se isso significar o fim da minha carreira, que ela acabe agora.”

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Mas Crews não vai desistir, mesmo que a repercussão só aumente. “O que eu fiz foi apenas expor. Se isso significar o fim da minha carreira, que ela acabe agora”, afirmou. “Porque eu vou continuar vivendo, vou continuar fazendo o que faço. Mas se eu não fizer outro 'Mercenários', então eu sairei da franquia. Por mim, tudo bem.”

A suposição de que sua franqueza pode prejudicar sua carreira não é injustificada. É uma narrativa que perpassa por toda Hollywood, de Mo’Nique, passando por Brendan Fraser, até Megan Fox – todos foram marginalizados após diferentes eventos que mudaram o seu relacionamento com a estrutura de poder de Hollywood.

Após a publicação da matéria com as acusações contra Weinstein, a revista "Times" publicou as histórias de seis mulheres que se sentiram intimidadas ou foram silenciadas em seus ambientes de trabalho, tanto dentro quanto fora de Hollywood. Um mulher – identificada pelas iniciais A.A. – disse que processou um diretor por assédio e foi obrigada a assinar um contrato de confidencialidade para encerrar o caso. Outra, cujo nome não foi revelado, disse que trabalhou como membro de uma equipe cinematográfica e que foi despedida e colocada em uma lista negra após denunciar o comportamento impróprio de um supervisor. “Quando reclamei para o recursos humanos, eles me colocaram ‘sob avaliação’, fazendo parecer que eu tinha inventado os incidentes. Foi uma retaliação, para me despedirem”, disse.

Ainda é muito cedo para dizer se Crews perderá algum trabalho, seja em "Mercenários" ou qualquer outro papel. E apesar de parecer que algumas pessoas estão evitando sua presença, nem todos o abandonaram – ou estão torcendo para que ele pare de falar. Imani Hakim, que trabalhou com ele durante 4 anos na série "Todo Mundo Odeia o Chris", disse ao BuzzFeed News que seu apoio é incondicional. Ela afirmou que agradeceu a Crews na última vez que se encontraram, no NAACP Image Awards. “É necessário muita coragem, para ele se abrir sobre algo assim, principalmente por ser homem e um homem negro”, afirmou. “Eu estou ciente das críticas negativas que ele provavelmente está recebendo e das possíveis ameaças vindas do alto escalão. Eu estou acompanhando o caso.”

“Eu sinto que toda a minha carreira, basicamente,  existiu para este momento.”

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Crews não se surpreendeu com a resistência que ele mesmo presenciou e que outras pessoas vivenciaram nessa indústria. “Eu compreendo a masculinidade. Meus anos na NFL, anos vividos, tudo isso, anos no gueto, você compreende”, disse. “E você sabe o quão errado isso é. Eu não posso me calar. Eu sinto que toda a minha carreira, basicamente, ela existiu para este momento.”

Recentemente, surgiram notícias que Crews terá de passar por um exame de saúde mental, como parte do seu processo contra Venit. Fontes próximas confirmaram isso, além de também apontarem que esse é o procedimento normal em casos onde o requerente alega sofrimento emocional como parte dos danos. Notícias sobre o exame, porém, levaram o diretor Paul Feig a tuitar em apoio de Crews, escrevendo que “é uma vergonha tratar qualquer vítima de agressão ou abuso dessa maneira”. Crews retuitou a mensagem com o emoji de oração.

“Deixe-me dizer algo, se você tem uma atitude positiva e está do lado certo, não há nada a temer”, disse Crews ao BuzzFeed News. “Mas agora, se você está tentando passar dos limites, controlar pessoas e usar pessoas, ser dissimulado e sacana, seus dias estão contados.”

Frank Masi / Lions Gate / Courtesy Everett Collection

Terry Crews em "Os Mercenários 2", 2012.

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Independentemente do que aconteça com ele, Crews parece determinado a manter a discussão viva. Não sabemos ainda se isso vai acabar sendo prejudicial à sua carreira, porém várias pessoas disseram ao BuzzFeed News, oficialmente e extraoficialmente, que ainda trabalhariam com Crews ou encorajariam seus clientes a fazê-lo. Ademais, Crews não se preocupa com isso – ele está disposto a se sacrificar, mesmo sabendo que não deveria fazer isso. E apesar de certas pessoas em Hollywood tratarem sua convicção com desdém, essa mesma convicção foi uma das muitas forças motrizes que transformaram a matéria de outubro passado sobre Weinstein de um mero momento em um movimento contínuo.

“Eles não querem me ver comentando, mas eu não vou desaparecer”, Crews disse sobre sua relação com Hollywood nos últimos meses. “Eles comandam isso por meio da vergonha. [Eles] o envergonham para que você ache que deve se esconder em casa. …[Mas] quando você se livra da vergonha, você pode fugir da escravidão na plantation. E aí eu posso me sentir livre. E isso é uma coisa boa.” ●


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A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Luísa Pessoa.

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