Flávio Dino é aprovado no Senado e será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal

Indicado de Lula recebeu até um possível voto de Sergio Moro...

Segundo indicado do presidente Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino teve seu nome aprovado para a Suprema Corte em votação no Senado na noite de quarta-feira (13).

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ele recebeu 47 votos favoráveis e 31 contrários. Houve uma abstenção.

Ele entra na vaga que pertenceu à ministra Rosa Weber, que se aposentou em setembro, após quase 12 anos de atuação no STF.

Divulgação/Flickr STF

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Possivelmente, um dos votos que ajudou Dino a conquistar a vaga foi dado pelo senador Sergio Moro (União Brasil - PR). Depois de trocarem conversas ao pé do ouvido e risos, durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que desagradou os aliados do ex-juiz, o Estadão flagrou uma troca de mensagens entre ele e uma pessoa identificada como "Mestrão", em que o segundo sugeria para Moro não expor seu voto.

Marcos Oliveira/Agência Senado

"Sergio, o coro está comendo aqui nas redes, mas fica frio que jaja passa, só não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando", escreveu Mestrão, que completa: "Estou de plantão aqui, qualquer coisa só acionar".

Moro responde: "Blz. Vou manter meu voto secreto, eh um instrumento de proteção contra retaliação".

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Pelo X (antigo Twitter), Dino, que é o atual ministro da Justiça do governo, disse estar "feliz e honrado" com o resultado. Ele ainda agradeceu a "confiança" de Lula e dos senadores.

Reprodução/Twitter

Pelas regras atuais, Dino, que tem 55 anos, poderá permanecer como ministro do STF por 20 anos, até abril de 2043, quando completará 75 anos.

Também na noite de ontem, foi aprovado pelos senadores o nome de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele substituirá Augusto Aras no cargo.

Marcos Oliveira/Agência Senado

Gonet recebeu 65 votos favoráveis e 11 contrários. Houve uma abstenção.

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A sessão de sabatina de Dino e Gonet na Comissão de Constituição e Justiça durou cerca de 10 horas.

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