Seja um Pokémon falante enquanto desvenda um novo mais mistério em "Detective Pikachu Returns"

O jogo original, que chegou até nos cinemas, finalmente ganhou uma continuação.

Após uma estreia tímida no 3DS e um real sucesso nas telas do cinema, "Detective Pikachu" chega com o seu novo capítulo nas telas do Switch. A missão é ousada: trazer novos jogadores ao mesmo tempo em que busca se consolidar como um spin-off de sucesso da franquia "Pokémon".

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A sequência traz todos os elementos já apresentados no jogo anterior, introduz e melhora algumas mecânicas ao mesmo tempo em que busca dar continuidade na história dessa dupla improvável de detetives. Mas, será que funciona? É isso que veremos nesse super review!

Antes de entrarmos na história de "Detective Pikachu Returns" é bom esclarecer uma dúvida: É preciso ter jogado o primeiro capítulo da história para poder jogar esse? A resposta é... Não necessariamente.

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Por se tratar de uma sequência, é obvio que ter conhecimento dos fatos anteriores ajuda muito na narrativa, mas o jogo faz um pequeno flashback tanto da história quanto da mecânica para que você entenda o roteiro até ali. O filme "Detetive Pikachu" também funciona como uma boa introdução ao jogo, apesar trazer alguns spoilers sobre o final desse segundo capítulo.

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Nossa aventura, mais uma vez, tem como palco Ryme City, uma cidade que busca criar uma convivência pacífica entre humanos e Pokémon. A história se inicia logo após os acontecimentos do primeiro jogo, nos apresentando um Tim Goodman um pouco mais velho e sendo homenageado pelo prefeito da cidade.

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O Pai de Tim, Harry Goodman, ainda está desaparecido e tanto Tim quanto Pikachu seguem à sua procura. A celebração, no entanto, acaba sendo interrompida por um Corviknight que rouba o chapéu de Pikachu, sua única lembrança de Tim. Logo após essa busca pelo chapéu roubado (que funciona como uma espécie de tutorial), somos introduzidos à nossa primeira cena de crime real envolvendo Pokémon: um roubo de uma joia preciosa. Esse caso servirá como pontapé inicial para uma série de investigações que estão intimamente interligadas e vão, em algum momento, esbarrar no sumiço de Harry - além, claro, do icônico Mewtwo.

A parceria entre Tim e seu Pikachu falante é satisfatória, e cada um deles cumpre sua missão: Tim deve encontrar humanos e sondar pistas enquanto Pikachu busca dicas entre os Pokémon da cidade.

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Unir essas informações é essencial para gerar palpites e solucionar mistérios. Aliás, durante toda a jornada você irá usar seu caderninho de anotações para registrar essas informações e criar hipóteses sobre soluções dos casos envolvidos. Essa mecânica já existia no jogo anterior, mas aqui ela foi ampliada e melhor executada.

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Outra mecânica implementada nessa sequência é a parceria com outros Pokémon. Em determinados momentos da história você poderá se unir a outros Pokémon que vão lhe ajudar nas investigações usando seus poderes, tais como um Growlithe que pode rastrear o cheiro de algum suspeito, ou um Luxray que pode ver através das paredes.

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É um acréscimo interessante que pode ser amplamente explorado em jogos futuros.

Tecnicamente o jogo é funcional. Cumpre seus objetivos sem deixar nada a desejar no quesito performance. Porém é nítido que graficamente está bem abaixo do que o Nintendo Switch é capaz de entregar aos jogadores.

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Os cenários são bonitos e coesos, mas são simples e até mesmo limitados. A impressão é que estamos jogando um título pensado para o Nintendo 3DS e posteriormente portado para o Nintendo Switch. Contudo, ressalto: isso não é necessariamente um problema. Você não terá limitações para jogar ou coisas do tipo. Apenas deixa aquela sensação de “poderiam ter feito algo mais grandioso”, sobretudo após o grande sucesso no cinema.

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O grande vilão desse jogo está em um fator que não é gráfico e muito menos tem relação ao seu desempenho: os diálogos extremamente longos. "Detective Pikachu Returns" é praticamente uma Visual Novel onde o foco é justamente a narrativa, mas como a proposta era ser um jogo investigativo, poderíamos ter um foco maior na investigação de pistas ao invés de textos e mais textos.

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Os poucos momentos dinâmicos que temos acabam se resumindo a pequenas investigações de cenário ou ao uso de habilidades de algum Pokémon amigo. Esse excesso de texto ainda é agravado pelo fato de o jogo não possuir localização em nosso idioma. Um grande erro essa opção pois a história é realmente divertida, com personagens cativantes e que poderia ser abraçada por muitos outros jogadores que não dominam o inglês.

Apesar da falta de localização e dos diálogos excessivos, "Detective Pikachu Returns" é uma boa sequência para a franquia e dá alguns sinais do que pode ser o futuro dessa dupla improvável de detetives do mundo Pokémon. Se quiser saber mais assista ao vídeo:

"Detective Pikachu Returns" já está disponível exclusivamente no Nintendo Switch. Essa review foi realizada com uma chave cedida pela Nintendo.

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