Quando a música - e os shows - invadem os games

De Travis Scott a Mano Brown, todos estão surfando nessa onda.

A turnê “Astronomical”, de Travis Scott, foi composta por 5 shows e 27,7 milhões de jogadores únicos, com pico de 12,3 milhões de jogadores simultâneos.

São jogadores, e não meros espectadores, pois esses shows aconteceram dentro do popularíssimo jogo Fortnite!

A parceria entre Travis Scott e a Epic Games, empresa responsável por Fortnite, além dos ganhos financeiros, levou o jogo a um diferente patamar de popularidade.

Outros shows, como do DJ Marshmello, já haviam acontecido dentro do jogo, mas a popularidade de Travis Scott transformou o show virtual em um verdadeiro acontecimento na cultura pop.

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Moonwalker, estrelado pelo rei Michael Jackson, foi lançado em 1990 para o console Mega Drive.

A parceria de Michael com a empresa SEGA não parou aí. Após mais de 20 anos de especulações, foi revelado que Michael Jackson trabalhou na trillha sonora do jogo Sonic 3.

Em 2004, Snoop Dogg, Busta Rhymes, artistas de Dancehall como Elephant Man e Sean Paul e vários outros estrelaram o clássico game Def Jam: Fight For NYC para Playstation 2, Xbox e GameCube.

Def Jam é a mais histórica gravadora de Rap, presente na cultura desde meados dos anos 1980.

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Poucos anos após ter estourado como uma das maiores revelações da música nacional, Emicida foi convidado para a trilha sonora de Max Payne 3, que se passa em São Paulo.

De maneira controversa para seus fãs mais conservadores, Mano Brown lançou uma música de divulgação para o fenômeno Free Fire, ao lado do MC Jottapê na produtora Kondzilla.

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A nova geração está bem representada no game brasileiro Raised In Oblivion (R.I.O).

Num Rio de Janeiro pós-apocalíptico devastado por um vírus, rappers como Dfideliz, MC Igu, Borges e Flacko aparecem com armas na luta pela sobrevivência.

As linhas que separavam os universos culturais e tecnológicos estão cada vez mais tênues.

Daqui pra frente, os impactos gerados pela fusão entre games e música estarão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, possibilitando a criação de experiências inexploradas.

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Texto de Jun Alcantara

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